Cidades

Secretaria registra quarto caso humano de leishmaniose no DF em 2008

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postado em 25/11/2008 16:55
A Secretaria de Saúde confirmou o quarto caso humano de leishmaniose no Distrito Federal em 2008, todos em Sobradinho. Com o caso registrado em outubro, o número este ano supera o de infectados no ano passado, quando três pessoas contraíram a doença. Desde 2005, com a primeira manifestação em humanos, essa é a 15ª ocorrência no DF, sendo que apenas em duas ocasiões o fato não aconteceu na região de Sobradinho. Para o chefe do Núlceo de Endemias da Secretaria de Saúde, Aílton da Silva, o fato da área ainda ser basicamente rural contribui para a maior incidência de ocorrências. ;Embora exista a penetração do ser humano na região, o ambiente ainda está preservado. O inseto encontra as próprias características do seu habitat lá;. Porém, a Secretária não descarta o risco de contaminação em outras cidades, como por exemplo, o Lago Norte, onde dados preliminares apontam a existência de mil cães doentes na região. De acordo com a Subsecretária de Vigilância à Saúde, a presença de animais infectados e mosquitos transmissores implicam no risco de aparecimento de casos humanos. Em 2006, um morador de Brazlândia e o outro em Ceilândia foi infectado. No entanto, Silva afirma que o local da contaminação não foi comprovado. ;A probabilidade é que as pessoas não tenham contraído a doença nessas áreas, pois não foi encontrado nenhum cão doente nessas cidades;, apontou. Prevenção De acordo com Secretária, o combate ao vetor é difícil. ;Diferentemente da dengue, a leishmaniose não precisa da água para o seu ciclo;, explicou Silva. O inseto costuma ficar em locais com características sombreadas e úmidas, além de se reproduzir onde existe a presença matéria orgânica. Uma das medidas de prevenção é manter o quintal limpo. ;Podar árvores que inibem a presença do sol e retirar folhas e fezes de animais ajudam a evitar a proliferação da doença;, afirmou o chefe do Núcleo de Endemias. A retirada do cão, um dos mais vulneráveis ao inseto, doente ou infectado também ameniza a probabilidade da contaminação. Se o mosquito transmissor picar um cachorro contaminado e em seguida um humano, pode ocorrer a transmissão da leishmaniose. Tratamento Os primeiros sinais da doença são a palidez da pele, falta de apetite, fraqueza, anemia, dores abdominais, vômito, diarréia e febre por mais de 15 dias. ;Se a pessoa mora na área de risco e adoeceu, tem que se pensar na probabilidade de leishmaniose e procurar a unidade de saúde para identificar a doença;, disse. O exame pode ser feito na rede pública de saúde. A pessoa deve ficar internada no hospital mínimo 20 dias para acompanhamento médico. Segundo Silva, é importante detectar a doença o mais cedo possível para ajudar na recuperação. Em 2006, duas pessoas morreram por causa de leishmaniose.

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