postado em 26/11/2008 13:02
Integrantes e apoiadores do Movimento Cerrado Vivo fazem uma manifestação pacífica, em frente à Câmara dos Deputados, a partir das 13h desta quarta-feira (26/11). Por volta das 15h30 eles entregarão ao presidente da Casa, Arlindo Chinaglia uma lista, com quase 60 mil assinaturas, que reivindica o reconhecimento da caatinga e do cerrado como patrimônios nacionais.
Esta manhã, houve um café da amanhã no Anexo 4 da Câmara, em que a organização não governamental SOS Mata Atlântica aderiu ao movimento. Além disso, membros da bancada ambientalista também prestaram apoio aos manifestantes. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também compareceu e abordou diversos aspectos do Cerrado.
Os organizadores esperam que cerca de 400 pessoas estejam presentes, todas vestidas de amarelo ; cor do ipê amarelo ; para pedir que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 115/95 entre na pauta de votação, após 13 anos tramitando na Casa. A expectativa é grande. ;Acho que esse vai passar a ser o dia do Cerrado;, declara Paulo Fiúza, um dos idealizadores do movimento.
;São muitos os motivos para lutar pelo Cerrado;, afirma Fiúza. Entre eles o entusiasta cita que o bioma contém metade dos pássaros brasileiros e sofre com a devastação em ritmo três vezes maior que a Amazônia.
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) é um dos defensores da PEC e tem cobrado a imediata inclusão da proposta na agenda da Câmara. O parlamentar destaca a importância do reconhecimento do cerrado como patrimônio nacional. "Este bioma é responsável por 70% das águas que abastecem as bacias do Tocantins, do Paraná e do São Francisco;.
Proposta
A PEC, caso aprovada, alterará o quatro parágrafo do artigo 225 da Constituição Federal. Este trecho define, como patrimônios nacionais, a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. A reivindicação é que o cerrado faça parte desse grupo.