Cidades

Ministério da Saúde determina sacrifício de cães com leishmaniose no Lago Norte

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postado em 30/11/2008 18:04
A diretoria da Vigilância Ambiental do Distrito Federal inicia na próxima quinta-feira (4/12) a divulgação da lista de animais contaminados pela leishmaniose na região do Lago Norte. Por determinação do Ministério da Saúde, os animais deverão ser sacrificados para evitar a contaminação da doença em humanos. O último levantamento constatou que 18% dos sete mil cães que vivem no bairro apresentam o protozoário no organismo. A transmissão só ocorre por meio do mosquito-palha (flebótomo). A doença, no caso da leishmaniose visceral, causa nos humanos danos ao baço, ao fígado e medula óssea. A diretora da Vigilância Ambiental do DF, Rosely Cerqueira, confirmou que a medida recomendada pelo Ministério da Saúde será seguida. Segundo ela, depois que os laudos forem entregues para o conhecimento dos proprietários, os cães deverão ser sacrificados. ;Alguns proprietários dos cães contaminados já se anteciparam e encaminharam seus animais para a eutanásia;, disse. O administrador regional do Largo Norte, Humberto Leda, acha importante que os moradores estejam consciente da importância de não manter em casa um animal doente. ;Acredito que a comunidade é consciente do risco de ter um cão contaminado, que não tem cura. Ficar com um cão contaminado é pôr em risco outras pessoas;, afirmou. O resultado da pesquisa e a decisão de sacrificar os animais são contestados pela Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (ProAnima). A organização orienta os donos de cães a fazerem novos exames em seus animais. A entidade afirma que há tratamento para cães com leishmaniose. De acordo com a diretora da Vigilância Ambiental do DF, Brasília registrou, em 2008, quatro casos de leishmaniose em humanos (todos na área rural de Sobradinho), segundo Rosely Cerqueira. O número coloca o Distrito Federal Brasília em área de média transmissão. Entre as medidas de prevenção contra a contaminação de leishmaniose em cães estão o uso de coleiras, repelentes e vacinação. As pessoas devem evitar ambientes externos no período de atividade do mosquito (crepuscular e noturno), usar repelentes e colocar telas nas janelas das casas. Outras medidas preventivas são o acondicionamento correto do lixo e a limpeza de quintais e abrigos dos animais.

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