Jornal Correio Braziliense

Cidades

Acusado de estuprar a própria filha em Águas Lindas está foragido

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Dez dias depois de um padrasto confessar ter violentado e espancado o enteado de um ano até a morte em Águas Lindas (GO), o nome da cidade aparece novamente no noticiário policial pelo mesmo tipo de crime hediondo. Um homem de 34 anos é procurado desde sexta-feira pela polícia do município goiano, que fica a 47Km de Brasília, por estuprar a filha de 13 anos. A mulher do acusado foi a autora da denúncia. Ela passou a desconfiar do marido logo após perceber a mudança de comportamento da filha. A menina alegre e falante deu lugar a uma criança triste, que chorava pelos cantos da humilde casa no Setor Jardim Barragem IV. Ao perguntar para a garota porque estava triste, o máximo que a mãe obtinha dela era a seguinte súplica: "mãe, não me deixa aqui com o papai". O medo de revelar para a mãe os abusos sofridos desde agosto terminou na sexta-feira. A menina contou para a mãe que foi obrigada a manter relações sexuais com o pai. Para ter o silêncio da vítima, o acusado a ameaçava de morte. Assim que receberam a denúncia, os policiais civis do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) encaminharam a vítima ao Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia (GO). Lá, ela foi submetida ao exame de corpo de delito de conjunção carnal. O resultado teria sido positivo, segundo afirmou o delegado encarregado do caso, Hylo Marques Pereira. "A Justiça concedeu a prisão temporária", disse o delegado. Desde segunda-feira, quando foi decretada a prisão, o acusado é considerado foragido da Justiça. "Ele pode pegar até dez anos de prisão por estupro", emendou. Enquanto o pai da adolescente não for preso, a família nem cogita a possibilidade de voltar para casa. Mãe e filha estão refugiadas em casa de parentes no Distrito Federal. Essa não foi a única vez que o pai da vítima é denunciado à polícia. Em novembro deste ano, o juiz da comarca de Águas Lindas, Cristian Battaglia de Medeiros, atendeu a uma solicitação de medidas protetoras da Polícia Civil para a mãe e filha. Elas teriam recebido ameaças de morte do acusado. Ele ficou proibido de morar com elas e até de se aproximar das duas, mas acabou não cumprindo. Uma equipe de agentes do Ciops está no DF à caça do suposto estuprador.