Cidades

Assassino de Maria Cláudia vai a júri popular por outro crime nesta quinta

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postado em 17/12/2008 11:44
Condenado pelo estupro e assassinato a estudante Maria Claúdia Del'Isola, em dezembro de 2004, Bernardino do Espírito Santo enfrentará mais uma vez o banco dos réus. Nesta quinta-feira (18/12), o ex-caseiro vai a júri popular pelos crimes de estupro, atentado violento ao pudor e tentativa de homicídio contra uma menina de 14 anos. O fato ocorreu em 12 de abril de 2004, ou seja, oito meses antes de Bernadino ter cometido crime semelhante contra Maria Cláudia. O presidente e Juiz do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), João Egmont Leôncio Lopes, - que conduziu o julgamento do ex-caseiro no caso de Maria Claúdia ; também comandará o júri, marcado para as 9h. Se condenado o réu poderá pegar de 6 a 10 anos por estupro, o mesmo período por atentado violento ao pudor, e de 12 a 30 anos de prisão, que pode ser diminuído de um a dois terços, pelo crime de tentativa de homicídio por meio cruel. Segundo denúncia do Ministério Público do DF (MPDFT), em 12 de abril de 2004, por volta das 20h, Bernadino forçou uma conversa com a garota e a levou para um lugar deserto. Próximo à Ponte das Garças, na beira do lago, o acusado teria estuprado a garota e tentado matá-la com um pedaço de madeira. Ele chegou a acertá-la por diversas vezes na cabeça. A menor fingiu que estava morta e o ex-caseiro deixou o local correndo. Crime chocou brasilienses O ex-caseiro e a ex-empregada, Adriana de Jesus, na época com 24 anos, - empregados da família de Maria Cláudia Del'Isola - foram condenados a 65 e 58 anos de prisão, respectivamente, por assassinar a estudante. A jovem morreu no dia 9 de dezembro de 2004, aos 19 anos. Seu corpo foi encontrado pela polícia enterrado debaixo de uma escada da casa onde ela morava com a família, no Lago Sul. A jovem foi torturada, violentada e assassinada. Adriana foi presa no dia da descoberta do corpo, e o caseiro fugiu para a Bahia, sendo detido pela polícia no dia 20 de dezembro, em uma praia de Salvador. Bernadino foi sentenciado a 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, 12 anos e seis meses por estupro, 12 anos e seis meses por atentado violento ao pudor, três anos e multa por ocultação de cadáver e 7 anos de reclusão por furto qualificado, totalizando 65 anos de reclusão, em regime fechado. Adriana de Jesus havia sido julgada no dia 12 de novembro e condenada a 58 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado, atentado violento ao pudor, estupro e ocultação de cadáver. Após recurso ;protesto por novo júri;, Adriana foi submetida ao novo julgamento, mas teve a pena mantida. Os dois encontram-se encarcerados. Ela no presídio feminino, no Gama, e ele no Complexo da Papuda.

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