Cidades

Adolescente chora ao se deparar com assassino de Maria Cláudia em julgamento

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postado em 18/12/2008 13:24
Após a leitura da acusação do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), por volta das 12h, que aponta Bernardino Espírito Santo, como responsável pelo estupro e tentativa de homicídio de J.B.S ; na época com 14 anos - , a vítima foi chamada a depor. No entanto, o juiz João Egmont Leôncio Lopes, do Tribunal de Justiça do DF, teve que mudar a ordem do julgamento devido a reação da garota ao se deparar com o acusado, que ocupa o banco dos reús. Muito nervosa, ela começou a chorar até soluçar. Devido a incapacidade dela para se comunicar, o juiz pediu para que a vítima deixasse o recinto. Em seguida, a policial e psicóloga da Delegacia da Mulher (Deam), Rosimeire Medeiros Lima, iniciou seu depoimento. Ela colheu o depoimento da menor, no Hospital de Base do DF, para onde J.B.S. foi levada na época. Segundo a policial, a garota contou que conheceu Bernadino em uma feira em São Sebastião. Ele teria chegado até ela, que estava com amigos, e feito elogios. O ex-caseiro ofereceu um trabalho para ela em uma festa com salário acima da média.De lá eles pegaram uma van até o Gilberto Salomão, onde combinariam o serviço. Já no local, Bernadino simulou alguns telefonemas e disse que um pessoal ia buscá-los próximo a Ponte das Garças. Foi quando ele agrediu a garota. No hospital, a vítima afirmou à policial que levou um tapa forte no rosto e foi ameaçada de morte se não fizesse tudo que ele pedisse. Após cometer todos os tipos de violência sexual, Bernardino tentou matá-la com um pedaço de pau. Ele também chegou a tentar enforcá-la com o elástico da saia que a menina vestia. Ele ainda teria a jogado em um barranco. Bernardino só teria deixado a adolescente depois que ela se fingiu de morta. Em segundo depoimento da manhã, o soldado da Polícia Militar, Edézio Gonçalo da Costa, contou que socorreu a vítima na Ponte das Garças. Segundo ele, quando passava pela ponte avistou um homem correndo, mas não deu importância. Em seguida a adolescente teria aparecido na via nua e pedindo socorro. ;Ela estava com o rosto deformado e sangrando muito;, afirmou. O soldado ainda contou que ao se identificar levou a menina até a 1º Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde foi informado que deveria seguir com a vítima até a Deam. No caminho, ele teria ainda ligado para a família da vítima.

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