Cidades

Empresário recorre para manter casa de festa

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postado em 23/12/2008 08:25
Um dia após o governador José Roberto Arruda determinar a suspensão do alvará da casa de festas Villa Patrícia, que funciona há cerca de dois anos no Setor Habitacional Jardim Botânico, o sócio do empreendimento Eduardo Alencar apresentou documentos favoráveis à manutenção da casa em funcionamento. Ele sustentou que, apesar da reclamação de vizinhos durante cerimônia de regularização de lotes do setor no último domingo, a Villa Patrícia atende a todos os requisitos legais para se manter no local. De acordo com o empresário, a casa de festas conta com a anuência de 83% dos vizinhos ; 13% a mais do que pede a lei ;, conforme consta em levantamento apresentado. Alencar esteve com o governador no início da tarde de ontem. Entregou a ele um documento em que enumera pontos favoráveis à permanência do empreendimento no setor habitacional. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a pedido dos sócios da casa de festas, já realizou medição dos níveis de ruído, como pediu Arruda no domingo. De acordo com a vistoria feita pelo instituto, os níveis estão abaixo do permitido em lei. ;Qual o motivo para cassar o alvará se estamos dentro da lei?;, questionou o empresário. Segundo ele, o governador ficou de analisar o pedido. O sócio da Villa Patrícia fez questão de sustentar que existe um controle rígido do som durante as festas, a maioria delas de casamento. De meia em meia hora, um funcionário da casa mede os níveis de ruído e observa se eles estão dentro do estabelecido por lei. Apenas um DJ, contratado pela casa, é autorizado a tocar nas festas, o que, na avaliação de Alencar, facilita esse controle. Ele ressaltou ainda que a casa mais próxima dos moradores insatisfeitos com a presença da casa de festas na vizinhança fica a 106m do salão onde a música toca. ;É uma intriga pessoal desse grupo de moradores;, disse. No documento entregue ao governador, consta também que o empreendimento possui 200 vagas disponíveis em um estacionamento próprio, o que, na opinião do sócio da casa, não atrapalha em nada o trânsito do setor habitacional. No domingo, durante a manifestação de moradores incomodados com a casa de festas, o administrador do Jardim Botânico, Fábio Barcellos, foi cauteloso ao comentar a cassação do alvará determinada por Arruda. ;O alvará foi concedido porque tudo estava dentro da lei. Vamos esperar o resultado da vistoria do Ibram;, afirmou. O sócio do empreendimento disse que não colocará empecilho algum para que a medição de ruídos volte a ser feita pelo Ibram.

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