Cidades

Funcionários terceirizados do governo têm décimo terceiro atrasado

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postado em 29/12/2008 15:00
A ceia de Natal dos cerca de 290 funcionários do Ministério do Esporte não foi tão farta como eles esperavam. Eles integram um grupo de empregados de alguns órgãos públicos que esperam o pagamento do 13º salário e o recebimento de vales-transporte e tíquetes-alimentação desde o dia 20 de dezembro. Parte do quadro de empregados que ainda não recebeu o direito são contratados por meio da empresa terceirizada Conservo, prestadoras de seviços de limpeza, conservação e manutenção de áreas verdes, além do fornecimento de mão de obra em geral. Funcionários do Ministério do Esporte, que preferem não ser identificados com medo de represálias, disseram que o órgão propôs o adiantamento dos salários de dezembro, mas, a proposta não foi bem recebida. Os trabalhadores afirmaram ainda que a Conservo supostamente já teria recebido a verba para o pagamento dos benefícios, mas ;eles justificam os atrasos por falta de dinheiro;, protestou uma funcinária. No Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior são aproximadamente 400 terceirizados das mais diversas áreas que também não receberam o direito. Na quarta-feira (24/12), por volta das 9h, os trabalhadores terceirizados do Minisétério do Esporte fizeram uma manifestação na Praça do Servidor contra os atrasos. Dois dias antes (22/12), foi publicado o parecer da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a inidoneidade das empresas do grupo Conservo no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). A decisão foi motivada por indícios de irregularidades cometidas pelas empresas em contratos com vários órgãos da Administração Federal. A empresa tem contratos com cerca de 14 ministérios, além de tribunais e empresas estatais. A rescisão contratual será feita de forma gradativa para atender exigência da CGU. A Conservo foi procurada para apresentar justificativas, mas ninguém retornou às tentivas de contato. Outros casos O Ministério do Desenvolvimento Social cancelou contrato com outra empresa que presta serviços terceirizados, a Montana. No Ministério da Educação, os terceirizados da Montana reivindicam o pagamento dos atrasados.

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