Jornal Correio Braziliense

Cidades

Homem é internado com suspeita de leishmaniose

Ambulante de 46 anos está na UTI do Hospital Regional do Paranoá. Se confirmada a doença, será o quinto caso em 2008

É grave o estado de saúde do vendedor ambulante Mauro Antônio de Araújo, 46 anos, internado na UTI do Hospital Regional do Paranoá com suspeita de leishmaniose. Segundo uma nota divulgada pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira (31/12), ele está instável, depende de aparelhos para respirar e de drogas vasoativas para sustentar a pressão arterial, sem previsão de alta. Mauro está em coma profundo em decorrência de um acidente vascular cerebral e de uma pneumonia. O boletim é assinado pelo médico intensivista Cláudio Mares Guia. Desolada, a família contou que ele receberia alta no domingo, 28, mas piorou de repente e acabou transferido na última sexta-feira para a UTI. A Secretaria de Saúde diz não ter elementos suficientes para confirmar ou descartar a doença. Mauro Antônio foi internado no dia 18 de novembro, no Hospital Regional da Asa Norte, com fortes dores nas costas e febre alta. A subsecretária de Vigilância à Saúde, Disney Antezana, confirmou que Mauro Antônio recebeu tratamento para a leishmaniose mas ressaltou que a doença ainda não está confirmada. "Fizemos nova coleta de material nesta semana. Mandamos para os laboratórios e aguardamos os resultados. Apesar de ainda não termos certeza, não houve qualquer prejuízo no tratamento do paciente", garantiu. Não há previsão de quando o laudo definitivo ficará pronto. Quatro casos De acordo com Disney Antezana, em 2008 foram confirmados quatro casos da doença em humanos no Distrito Federal, todos em moradores da Fercal. Não houve mortes. O número supera o de infectados no ano passado, quando três pessoas contraíram a doença. De janeiro até agora, o único caso que segue em investigação é o do vendedor ambulante. Dados da Secretaria de Saúde revelam que nos últimos quatro anos foram registrados 15 casos da doença em moradores da Fercal. Por conta dos casos da doença registrados no DF a Subsecretaria de Vigilância à Saúde divulgou um alerta à população no site do governo recomendando cuidados para prevenir a doença. Entre as dicas estão a limpeza e arejamento dos canis, galinheiros e outras áreas úmidas que possam favorecer a presença do mosquito-palha, transmissor da doença. As famílias também devem ficar atentas em relação ao comportamento dos cães. Eles são a principal fonte de infecção na área urbana. Disney Antezana lembrou que a transmissão da leishmaniose não ocorre de cão para cão, nem de cão para o ser humano. O inseto pica o animal contaminado e depois o homem. Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira (1º/01/2009) do Correio Braziliense