Cidades

Moradores do Varjão devem visitar lotes oferecidos pelo governo

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postado em 06/01/2009 11:59
Moradores da área de risco do Varjão poderão conhecer, nesta terça-feira (6/01), a área oferecida pela governo para a realocação de 26 famílias que habitam a encosta onde uma árvore destruiu três barracos na semana passada. Com a visita às quadras 829 e 833, a Secretaria de Ação Social (Sedest) espera mudar a opinião das pessoas que resistem à proposta de se mudarem para Samambaia, mesmo sabendo do risco iminente de desabamento alertado pela Defesa Civil. "Todo processo de mudança é muito difícil para qualquer ser humano. Mas nosso trabalho é de conscientização do perigo que essas pessoas estão correndo", disse o secretário-adjunto de Ação Social, João de Oliveira. Mesmo com o alerta de risco iminente da Defesa Civil, algumas famílias resistem à proposta de se mudarem para Samambaia. Ele esteve no local esta manhã e, apesar o impasse estabelecido na reunião de ontem à noite, avalia que o trabalho de transferência está caminhando bem. Segundo ele, 11 famílias aceitaram de imediato a proposta e já providenciaram até a documentação para receber o lote. A visita está marcada para as 14h. Um ônibus levará os interessados até a Área de Desenvolvimento Econômico de Samambaia. "Se eles aceitarem os lotes, nós vamos agilizar a construção de uma pequena casa com dois cômodos, banheiro, luz e água, para que possam se instalar", disse o secretário. De acordo com técnicos da Sedest, a retirada dos 130 ocupantes das quadras 3 e 5 do Varjão está marcada para esta quarta-feira. A partir das 8h, caminhões da secretaria estarão prontos para transportar a mudança para onde os moradores decidirem ir. A promessa é que amanhã mesmo todos os 26 barracos sejam derrubados, para que ninguém ocupe o local que corre risco de desabar a qualquer momento. Opções Além dos lotes em Samambaia, o governo também ofereceu: abrigo em uma instituição de Taguatinga; o pagamento de três meses de aluguel; ou uma ajuda de custo em dinheiro. Mas as propostas não agradaram aos moradores, que rejeitaram a negociação durante a reunião realizada ontem. ;Nossa preocupação é com a vida deles. Apesar da resistência, precisamos retirá-los o mais rápido possível. Se ocorrer um temporal, podemos fazer uma ação de emergência;, alertou João de Oliveira. (Com informações de Raphael Veleda e João Campos)

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