Cidades

Moradores retirados do Varjão podem ganhar emprego, além de lote

;

postado em 07/01/2009 12:15
Os moradores da área de risco do Varjão devem conquistar uma segurança muito maior do que imaginavam. Além do prometido lote com uma pequena casa construída, alguns deles poderão garantir ainda um emprego. O secretário-adjunto de Ação Social do DF, João de Oliveira procurou o secretário de Trabalho, Robson Rodovalho, e pediu a ele que intermediasse vagas de trabalho junto a fábrica da Sadia. A indústria alimentícia está instalada na Área de Desenvolvimento Econômico de Samambaia, próximo ao local para onde as famílias serão transferidas. A partir de amanhã (quinta-feira, 8/01), os interessados serão levados pela Sedest para fazer um cadastro na Agência do Trabalhador. A distância do emprego é o principal argumento de um grupo que resiste à transferência de suas moradias, nas quadras 3 e 5 do Varjão e condenadas pela Defesa Civil, para Samambaia. Segundo o secretário, um levantamento feito pela Sedest essa semana concluiu que 70% das 130 pessoas removidas estão desempregadas. "O governo já providenciou a construção das moradias. Se, na sequencia, conseguirmos os empregos daremos total segurança à essa mudança", diz o secretário. João espera que até sexta-feira o cadastramento tenha sido concluído. Remoção Começou por volta das 8h desta quarta-feria (7/01) a remoção das 26 famílias que viviam na encosta onde uma árvore destruiu três barracos na semana passada. Elas ficarão alojadas na Escola Classe do Varjão durante 20 dias. Esse é o tempo necessário, de acordo com a Sedest, para que o GDF construa casas nas quadras 829 e 833 de Samambaia. Para garantir que ninguém volte a ocupar a área, todos os barracos serão derrubados. Mesmo depois de muita negociação, ainda não há um concenso na comunidade sobre todo esse processo. Morador do Varjão há 10 anos com a mulher e quatro filhos, o pedreiro Roque Nascimento Pereira, 33 anos, acredita que está tendo prejuízo e reclama: "Agora estão levando a gente para a creche. Parece que eu virei bebê depois de velho". Entre os que estão satisfeitos com a mudança está o jardineiro Adailton Costa de Oliveira, 29 anos. "Acho bom porque vão garantir um lote para a gente. Já fui lá ontem, dei uma olhada e gostei", comemora. Mais de 40 moradores de áreas de risco visitaram, na tarde de ontem, os terrenos em Samambaia destinados pelo governo para a realocação das famílias. segundo a secretária administrativa e social da Administração do Varjão, Eunice Nascimento dos Santos, as pessoas resistentes que conheceram o local gostaram e mudaram de opinião.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação