postado em 12/01/2009 22:10
Os meses de janeiro e fevereiro são os mais trabalhosos para os bombeiros que cuidam de resgates de afogados no Distrito Federal. O maior motivo é uma mistura perigosa entre álcool e imprudência, tendo como pano de fundo o Lago Paranoá. Somente no último fim de semana, dois afogamentos foram registrados no lago. No sábado (10/01), Elizeu Aniceto Corrêa morreu próximo a barragem e, no domingo (11/01), Francisco Eugênio Silva Oliveira precisou ser internado depois de se afogar no piscinão do Lago Norte.
Em 2008, o 1º Batalhão de Busca e Salvamento registrou 44 mortes por afogamento em todo o Distrito Federal, contra 38 casos no ano anterior ; um aumento de 15,78%. Dos óbitos por afogamento ocorridos no ano passado, 14 foram registrados no Lago Paranoá.
Esses acidentes ocorrem principalmente nos meses de janeiro, fevereiro e março, devido o período de férias, carnaval e clima favorável para os banhistas. Segundo o capitão José Carlos Lobo, mais de 70% dos afogamentos ocorrem devido ao consumo de bebidas alcoólicas. ;Deve-se evitar o consumo de álcool próximo ao local de banho. Grande parte das ocorrências estão relacionadas ao às bebidas;, alerta.
Homens lideram estatísticas
A maioria das vítimas de afogamento no DF são homens entre 20 e 25 anos. O major Márcio Morato Alves ressalta que muitos dos casos ocorrem por imprudência. Os banhistas se afastam da margem achando que sabem nadar e se afogam. ;Eles vão fazer a travessia, se afastam da margem e não conseguem retornar;, frisa.
Nesta época do ano o Batalhão age, principalmente, na prevenção desses acidentes, relata Lobo. Nos finais de semana e feriados, é feita uma ronda nos locais de maior risco. Durante a semana, o Corpo de Bombeiros também acompanha as crianças em passeios organizados pelas escolas. A direção do colégio pode fazer a solicitação pelo telefone 3901-5962 para o acompanhamento de dois salva-vidas que ajudam na prevenção de afogamentos e, caso seja necessário, nos primeiros socorros.
Atenção para medidas de prevenção
- Evitar consumo excessivo de álcool próximo ao local de banho.
- Evitar se afastar da margem.
- Se não souber nadar, utilizar colete salva-vidas.
- Procurar nadar em locais mais frequentados e não se aventurar em lugares isolados.
- Objetos infláveis não são 100% confiáveis.
- Não utilizar infláveis impróprios, como colchão de ar.
- Crianças sempre devem ter supervisão de adultos.
- Evitar saltos de ponta sem conhecer a profundidade do local.
Recomendação
- Em caso de afogamento, acione o Corpo de Bombeiros imediatamente pelo telefone 193.
- Se não souber nadar e não tiver equipamentos, não se arrisque para ajudar.
- Se for possível, jogue um objeto flutuante, como caixa de isopor, garrafa pet vazia e bem fechada, para que possa servir de bóia para a vítima.
- Marcar o ponto do afogamento.