Cidades

Moradores de rua são encontrados mortos na Praça do Índio

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postado em 19/01/2009 09:03
Dois moradores de rua foram encontrados mortos na Praça do Índio, na 703/704 Sul. O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado de um popular às 6h47, desta segunda-feira (19/01). A testemunha estava na parada de ônibus, próximo ao local do crime, quando presenciou um motociclista se aproximar das vítimas e disparar pelo menos quatro tiros contra eles. Os homens morreram na hora. Paulo Francisco de Oliveira Filho, 35 anos, levou três tiros, dois na cabeça e um na mão. E Raulhei Fernandes Mangabeiro, 26, levou um tiro na cabeça, segundo a perícia preliminar da Polícia Civil, feita no local. O caso será investigado pela 1ª DP. O sargente da Polícia Militar Walter Ferreira, um dos primeiros a chegar ao local, conta que a polícia trabalha com a hipótese de um deles ter sido morto com um tiro na cabeça enquanto dormia. O segundo, teria acordado com o estampido e tentado se defender, mas foi atingido em uma das mãos e na cabeça. Segundo informações do coronel da Polícia Militar, Silva Filho, as primeiras impressões do crime levantam a suspeita de uma execução por dívida de drogas. Memória Em 20 de abril de 1997, o índio Pataxó Galdino José dos Santos foi queimado vivo durante a madrugada, no ponto de ônibus da 703/4 Sul. Antônio Novely Cardoso de Vilanova, Eron Chaves de Oliveira, Max Rogério Alves, Tomás de Oliveira e um menor de idade jogaram álcool sobre o corpo da vítima, que estava dormindo, e usaram fósforos para atear fogo. Eles foram detidos no mesmo dia. Galdino teve 95% do corpo queimado e não resistiu. Os autores confessram o crime, mas alegaram que a intenção era fazer ;uma brincadeira;. O indígena foi enterrado em Pau Brasil (BA), sua terra natal. O crime foi tipificado como homicídio doloso. Os maiores foram condenados a 14 anos de prisão. No entanto, o menor de idade, irmão de Tomás, foi libertado. Sete anos depois do assassinato, Tomás e Eron conquistam liberdade condicional. Max e Antônio receberam o mesmo benefício e também deixam a prisão.

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