postado em 20/01/2009 08:43
Caroline Marcolina da Silva, 6 anos, pode ter sido estrangulada. A hipótese é levantada por um funcionário do Instituto Médico Legal (IML) que conversou com o Correio sob a condição de não ser identificado. O servidor afirma que os exames feitos no corpo da menina não detectaram qualquer tipo de perfuração e nem a presença de estilhaços de projétil, o que descarta a suspeita de que ela tenha sido baleada. Outra constatação é que as vísceras e o crânio da garota também estavam intactos, por isso ele acredita que são quase nulas as chances de ela ter sido esfaqueada ou espancada. ;Um médico disse que a suspeita mais forte seria essa (estrangulamento), por não haver outro tipo de marca ou lesão;, revelou a fonte, sem mencionar o nome do legista.
O corpo de Caroline foi encontrado no último sábado, sete dias depois de ela desaparecer da Quadra 803 do Recanto das Emas, no dia 10 deste mês. Estava numa vala aberta pela chuva em meio a um matagal na Quadra 804 da cidade. A menina foi achada sem roupas, o que leva a polícia a suspeitar que tenha sofrido violência sexual antes de ser morta. ;Vocês (a imprensa) sabem mais coisas do que nós, policiais;, disse o chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), delegado Alexandre Nogueira. ;Por enquanto, não há como afirmar a causa da morte dela. Tudo isso é pura especulação;, emendou. O laudo conclusivo apontando o que motivou a morte da menina sai em até 30 dias.
A polícia ainda não tem um nome suspeito. Os investigadores estão atrás de um carro preto que teria sido visto por familiares da vítima, dias antes do assassinato, rondando a casa onde ela morava. ;Um irmão dela, de 9 anos, teria dito que viu um homem oferecer dinheiro para a menina;, ressaltou Alexandre Nogueira. ;Ele (o menino) disse que um homem deu uma moeda para ela e pediu que entrasse no carro, que era escuro;, afirmou a irmã mais velha da vítima, de 13 anos.
O carro também teria sido visto pela avó de Caroline, a dona-de-casa Edna Marcolina da Silva, 54. ;Eu o vi aqui alguns dias antes dela sumir. Era um Gol preto, de quatro portas. Tinha dois homens dentro parados na porta da minha casa. Quando eu fui até o carro, para saber o que os homens queriam, o motorista arrancou;, contou Edna.
A morte da menina espalhou medo entre os moradores da quadra 803, onde Caroline morava. Mesmo residindo a poucos metros do posto comunitário da Polícia Militar, Maria Elízia Martins Alves, 27, mantém os filhos ; uma menina de 8 anos e um garoto de 5 ;presos dentro de casa com medo de que eles possam ter um destino semelhante ao da vizinha. ;Quando não é o risco de eles desapareceram, é o perigo de atropelamento, tiroteio. Bandidos passam aqui em alta velocidade;, reclama.