Cidades

Mudanças na ortografia ainda causam confusão

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postado em 29/01/2009 09:23
O ano começou com a novidade da reforma ortográfica e entre letras que passam a figurar no alfabeto e os acentos que se despedem, sobra confusão. Para discutir essas mudanças e adaptações, o Projeto Dois Pontos do Correio Braziliense convidou a editora de Opinião do jornal, Dad Squarisi, autora das Dicas de português, e Lucilia Garcez, escritora e doutora em linguística, para a palestra Reforma ortográfica: as mudanças e impactos na língua portuguesa. Em sua quinta edição, o projeto foi divido em duas partes. Em um primeiro momento, Dad explicou as alterações na acentuação gráfica e a história da reforma ortográfica. ;Várias outras mudanças já aconteceram, mas a universalização da língua portuguesa era um sonho antigo;, comentou, lembrando que os países que já aderiram ao acordo são Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Portugal terá quatro anos para fixar a data das mudanças. Na segunda parte da palestra, Lucilia Garcez trouxe para o público a questão do hífen. Os prefixos seguidos da letra h exigem-no sempre, como é o caso de anti-higiênico e sobre-humano. Já os prefixos terminados em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento não usam hífen: aeroespacial, autoescola e infraestrutura. Segundo Lucilia, a adaptação não será complicada, já que a mudança só atinge 2% das palavras. ;Quem trabalha com texto tentará se adaptar mais rápido. Além disso, os meios de comunicação divulgam o tempo todo as novas regras;, exemplifica. Valéria Silva, professora e secretária executiva, também acredita que os brasileiros vão aprender rapidamente as novas normas. ;A reforma é interessante, tanto comercialmente como culturalmente, e é uma maneira de contextualizar nossa língua. Não acredito que os brasileiros demorem para pegar as regras. É uma questão de esforço, mas é importante que seja praticada, ou seja, que não fique só no papel.; Verônica Lunguinho, auxiliar administrativa, recém-formada no curso de jornalismo, pensa que a reforma foi uma medida necessária. ;Se o inglês é único em qualquer lugar do mundo, por que o português também não pode ser? Nossa língua tem que ser unificada.; SERVIÇO Quem não conseguiu participar da edição de ontem, poderá participar de outra palestra com a mesma temática, no dia 11 de fevereiro, às 19h30, no Auditório do Correio Braziliense no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Quadra 2, nº 340.

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