Cidades

Mesmo com ajuda, 16 pedintes recusam oferta de deixar as ruas do Cruzeiro

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postado em 04/02/2009 16:36
Em operação realizada na manhã desta quarta-feira (4/2), 16 pessoas que vivem nas ruas dos Cruzeiros Novo e Velho se recusaram a sair das vias e a aceitar a ajuda oferecida pela Administração Regional da cidade. O desafio, no entanto, vai além de convencer os moradores a abandonar as ruas, passando, também, pela persuasão da população que deve ajudar menos ou nada os pedintes. O auxiliar de Serviço Social da Administração, Fernando de Souza Sampaio, conta que, das 18 pessoas abordadas, duas eram menores ; de 12 e 14 anos ; e foram encaminhadas à Vara da Infância e Juventude. As demais, apesar de terem se recusado a receber assistência, saíram do local onde estavam. ;Mas sabemos que vão continuar por ai;. Retiradas A Administração Regional do Cruzeiro realiza operações como essas há mais de dez anos. Atualmente, elas ocorrem três vezes na semana, todas apoiadas pela Polícia Militar. ;Um dia, a Vara da Infância e Juventude também participa;. Apesar disso, os trabalhos são intensificados nos fins de ano. ;É a época que vem mais gente, para todo o DF;. O trabalho é baseado na conversa. ;Tentamos mostrar os benefícios de ir para um abrigo, uma casa de recuperação, já que muitos são alcoólatras ou drogados, ou ainda voltar para a cidade de onde vieram;. Fenando Sampaio destaca que o Governo do Distrito Federal destina uma verba para comprar passagens para moradores de rua poderem retornar para suas casa. O local de concentração dos moradores é no terminal e na praça da cidade. ;Ali sempre que passamos, todos os três dias da semana, tem gente;. Sampaio destaca o aumento de moradores de rua. ;Talvez seja por conta do trabalho que é feito no Plano Piloto. Ai eles vêm para cá, que é um lugar próximo;. Para coibir esse aumento, a Administração, além das operações de retirada, tenta convencer a população a não ajudar quem passa pedindo alguma coisa. ;Eles têm de entender que, quanto mais ajuda o pessoal recebe, mais gente vem morar nas ruas daqui. Os pedintes falam que o povo daqui é bonzinho, dá roupa, dinheiro e comidas sempre;.

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