Cidades

Número de adolescentes mães diminuiu 46%, DF tem centro de apoio às jovens

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postado em 06/02/2009 16:36
A quantidade de jovens que deram a luz no Distrito Federal, em 2008, diminuiu 46,44% em relação ao ano anterior. Enquanto 6.537 meninas tiveram filhos em 2007, no ano seguinte foram 4.464 atendimentos. Os dados do Ministério da Saúde se referem a jovens entre 10 e 19 anos que tiveram partos realizados pelo Sistema Único de Sáude (SUS). O balanço mostra o Distrito Federal em 22º lugar ; o levantamento analisou todos os estados brasileiros. Dos partos realizados em 2008, 95,09% ; o que corresponde a 4.245 ; aconteceram em jovens de 15 a 19 anos e 219 deles foram de jovens na faixa etária de 10 a 14 anos. O balanço mostra ainda uma tendência de queda nos números do Distrito Federal desde 2003 ; naquele ano, foram registrados 7.440 partos em jovens. Em 2008, o Ministério levantou 4.464 nascimentos de mães adolescentes. A diferença é de 2.976 e corresponde a uma queda de 66,67% em seis anos. Nacional A estatística aponta que, entre 2007 e 2008, o número de partos realizados entre jovens de 10 a 19 anos caiu quase 50% - passou de 527.341 para 275.892, o que corresponde a 251.449 casos a menos em apenas um ano. Além disso, os dados apontam que, em todos os estados brasileiros, os números diminuíram. São Paulo é o estado com números mais alarmantes, com 43.592 registros. Na faixa etária de 10 a 14 anos, forma 1.872 partos. Entre as jovens de 15 a 19 anos, o ministério tem conhecimento de 41.720 casos. Seguem-se Minas Gerais com 24.706, Bahia com 22.592 e Pará com 20.371. O estado onde há menos registros é Roraima (1.026), seguido de Amapá (1.461) e Acre (2.089). Assistência No Distrito Federal há centros que realizam trabalhos com jovens usuárias de drogas, que dão orientação sexual e oferecem atendimento psicológico. Muitos possuem, ainda, ginecologistas que ajudam na prevenção e, ainda, acompanham jovens grávidas. Um desses centros é o Adolescentro, localizado na 605 Sul. O ginecologista da casa de assistência, José Domingos Júnior, explica que vários fatores podem contribuir para uma gestação precoce. ;A gente entende que a gravidez na adolescência é fruto de uma série de fatores: desde de dificuldade com a família, ou no acesso e até no uso de métodos contraceptivos, como também problemas de aprendizagem;. Como prevenção à gravidez precoce, além da conscientização, o especialista é a favor da distribuição livre de preservativos. ;Não se pode burocratizar essas coisas;. Outro centro desses é a casa O Cravo e a Rosa, localizado na QNN 17, conjunto B, loja 1, na Avenida Comercial de Ceilândia Centro. Lá, adolescentes com idades entre 10 e 19 anos recebem orientação sexual por meio de palestras sobre sexualidade, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. A casa também atende vítimas e autores de violência doméstica. A coordenadora da casa, Eliane de Jesus Silva, destaca que o carro chefe do centro são as palestras e o atendimento médico preventivo. ;O objetivo é sanar o problema da gravidez nessa idade desde a origem;. Os serviços são gratuitos e funcionam por meio de parceria com o Hospital Regional da Ceilândia e profissionais voluntários.

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