Cidades

Percursos do transporte escolar têm pontos de riscos para alunos

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postado em 10/02/2009 22:03
Centenas de alunos que usam o transporte escolar do Distrito Federal correm riscos no caminho para a escola. A constatação foi de uma vistoria feita pela Secretaria de Educação nos 392 percursos que são feitos diariamente pelos ônibus escolares. Segundo a Gerência de Transporte Escolar da Secretaria de Educação, os problemas como pistas alagadas, cheias de buracos e sem sinalização, falta de áreas para o embarque e desembarque foram noticiados às administrações, mas pouco foi feito para resolve-los até o inicio do ano letivo. Segundo o gerente de Transporte Escolar, José Raymundo Carvalho Silva, na região do Córrego do Arrozal, em Sobradinho, o ônibus que transporta estudantes tem que subir um trecho de 300 metros de ré. Em Ceilândia, no Condomínio Gênesis, o relatório enviado à administração ressalta o estado problemático das pistas, que além de terem buracos, não possuem pontos de embarque e desembarque, nem área de manobra. Hoje cerca de 40 mil alunos usam um dos 392 itinerários do transporte escolar do DF. Esses alunos são de áreas que ainda não são cobertas pelo transporte regular. No ano passado 19 linhas foram desativadas. Segundo a Secretaria de Educação seis delas - que atendem o Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Riacho Fundo 1, Areal e Arniqueiras - voltarão a operar, já as outras 13 permanecerão desativadas. Parte delas porque a área começou a ser atendida pelo transporte público regular e parte porque os ônibus atendiam cidades goianas. Morte A falta de lugar para manobra foi uma dos motivos da morte de um estudante de 10 anos na Estrutural. O acidente aconteceu em novembro de 2008. No dia, Rafael Silva da Mara estava parado diante da parte da frente de um ônibus escolar enquanto outro ônibus de transporte de estudantes manobrava para mudar de pista. Durante a manora o ônibus atingiu Rafael, que morreu esmagado. De acordo com José Raymundo, a obrigação é ofertar o transporte, mas a fixação de pontos de embarque e desembarque, cobertura das paradas e manutenção das vias não são responsabilidade da Secretaria. Segundo o secretário José Luiz Valente, a principal ação da Secretaria para acabar com esse quadro de problemas no transporte escolar é a construção de novas escolas. "Vamos levar as escolas para onde os alunos vivem e, assim, diminuir cada vez mais a necessidade do transporte de alunos e com eles os problemas com a viagem", explicou o secretário. Para Valente os maiores problemas estão nas áreas onde os ônibus têm que andar em estrada de terra. "Elas exigem uma atenção maior, principalmente em épocas de chuvas", explicou. Quando os problemas são notificados para a Secretaria, eles são repassados aos órgão competentes. "Mas não podemos exigir que as outras áreas façam mágica. Não podemos reclamar dos nossos parceiros, como o Detran, DFTrans. Nossas solicitações tem sido atendidas com rapidez".

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