postado em 23/02/2009 16:44
Os foliões que procuraram a cidade de Pirenópolis (GO), a 150km de Brasília, encontraram diversão garantida nos bailes de rua. Desde sábado (21/02), a histórica rua Direita se transformou em um grande salão a céu aberto. É lá que os visitantes se reúnem à noite para pular ao som de marchinhas de carnaval. Segundo estimativas da secretria de Cultura e Turismo, o município goiano recebeu neste feriado cerca de 20 mil turistas.
Lá, a alegria do carnaval aliada à tranquilidade proporciona um clima familiar à festa de Momo. A partir das 21h, pais levam os filhos fantasiados à rua, fechada ao trânsito de veículos. A medida garante a segurança dos moradores e visitantes.
valorizar a tradição e a cultura local é o foco do chamado 'Carnaval das Cores', tema da folia neste ano. A área central está toda decorada com flores e máscaras características das Cavalhadas, símbolo máximo dos pirenopolinos. Lampiões de época cobertos com fitas coloridas dão ainda mais charme à cidade colonial.
Todas as 104 pousadas de Pirenópolis estão lotadas, segundo o secretário municipal de Cultura e Turismo, Sérgio Rady. "Apesar da cidade estar movimentada, o carnaval está correndo em clima de tranquilidade", garante.
Durante o dia, os visitantes para curtir as belezas naturais do município, como as cachoeiras do Bom Sucesso ou Sete Quedas, das Araras, Meia Lua, da Fumaça, do Abade, entre outras. As lojinhas de artesanato e os restaurantes de comida típica também fazem a festa dos turistas.
O artesanato, inclusive, caiu literalmente no Samba. O ofício de grande parte da população da cidade é tema de enredo do bloco 'Eu amo Piri', que este ano faz uma homenagem ao artesão pirenopolino.
Som vetado
O som automotivo, que antes era muito comum nessa época do ano, só é permitido fora do centro histórico. Quem quiser exibir graves potentes em Pirenópolis, terá que se conformar em circular apenas nas proximidades do trevo que dá acesso a Brasília e Goiânia. E mesmo nesse local, é necessário retirar um alvará para poder ligar o som no último volume.
A proibição tem como objetivo preservar as construções bicentenárias do centro histórico. "É uma coisa bastante controlada. Estamos tentando proteger o patrimônio", explica Rady. A vibração dos sons automotivos nas estreitas ruas de predras provoca danos como o abalo da estrutura nas casas antigas e deslocamento de telhas. (Colaborou Renato Alves)