postado em 27/02/2009 11:40
A conta de água deve subir 3,09% no Distrito Federal. A Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa) divulgou o reajuste tarifário anual depois de uma audiência pública na manhã de ontem. De acordo com a presidência do órgão, o aumento pode ser considerado baixo se comparado ao índice do ano passado, que ficou em 5,78%. Portaria da Adasa oficializando o reajuste deve ser publicada hoje no Diário Oficial do Distrito Federal, o que permitirá à Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) aplicar os novos valores a partir de 1º de março, próximo domingo. Procurada pelo Correio, a Caesb não soube informar a partir de quando será aplicado o aumento. A companhia havia pedido um reajuste de 8,51%, quase três vezes mais do que o autorizado pela Adasa.
O reajuste dos serviços públicos de água e esgotamento sanitário é calculado todos os anos e leva em consideração as alterações de custo na estrutura da concessionária, um cálculo médio das tarifas aplicadas em empresas similares no país e no exterior e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado pelo IBGE e vale como percentual oficial da inflação brasileira. O IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em janeiro ficou em 5,84%. O presidente da Caesb, Fernando Leite, afirmou que o valor estipulado pela Adasa vai comprometer a prestação dos serviços de saneamento da capital. ;O índice ficou bem abaixo da inflação. Temos uma série de obras de captação para garantir o abastecimento de água de Brasília nos próximos anos. Mas, para isso, precisamos de uma tarifa mais alta.; A assesoria do governador José Roberto Arruda informou que ele não havia sido comunicado sobre o índice. O reajuste foi definido em audiência pública, aberta a toda a comunidade, no auditório do Banco de Brasília, na L2 Sul.
Em carta (nº 4360/09-PR) do último dia 11, assinada pelo presidente em exercício da Caesb, João Batista Padilha, a concessionária pediu à Adasa aumento de 8,51% para ;garantir a continuidade da prestação eficiente dos serviços;. Para o presidente da Adasa, Ricardo Pinheiro, os 3,09% estipulados são justos.
;Fazemos um cálculo complexo e levamos em consideração diversas variáveis para chegar a um índice que não lese nem o consumidor nem a prestadora do serviço;, observou. O contrato de concessão entre a Adasa e a Caesb foi firmado em 2006.