postado em 28/02/2009 19:41
A notícia de que o Governo do Distrito Federal (GDF) deverá comprar em breve mais 12 trens para o metrô que atende à região agradou aos usuários do transporte público, que criticam as condições e o preço do serviço. Em um mês, o GDF deverá assinar um contrato de empréstimo de R$ 260 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra dos novos trens.
A moradora de Ceilândia Edilaine de Moura pega o metrô todos os dias para trabalhar. Ela reclama dos atrasos e do preço da passagem, que custa R$ 3. ;Está muito cheio, tem hora que atrasa muito, o pessoal reclama e também é muito cara a passagem, R$ 3 para andar num metrô que é sempre lotado. Precisa aumentar [a quantidade de trens] para melhorar a qualidade, porque não adianta a passagem subir e a qualidade não ser boa;, diz.
Para Bruna Monique de Oliveira Rosa, que também se desloca todos os dias de metrô de Ceilândia até a rodoviária do Plano Piloto, diz que os trens costumam chegar cheios às estações. ;De manhã, se você for pegar o metrô você não consegue entrar, é muito cheio mesmo, você anda bem espremido, o povo passa mal, aí não tem como;. Ela duvida do cumprimento da promessa dos novos trens. ;Isso está desde o ano passado, e até hoje nada, mas vamos ver aí o que vai dar;, afirma.
A moradora de Taguatinga Alda Maria de Oliveira, de 62 anos, diz que gosta de andar de metrô, mas reclama da falta de lugar para os passageiros mais velhos. ;O metrô vem superlotado, não dão lugar para os idosos. Hoje eu quase vim em pé, mas eu adoro o metrô;. A usuária Eliane Vieira também acha que os idosos enfrentam mais dificuldade. ;Fora isso, eu acho ótimo pego o metrô sempre que eu posso;.
O secretário de transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga, diz que o principal objetivo do governo é diminuir o tempo de espera e proporcionar mais conforto aos usuários. No entanto, ele garante que o preço não irá diminuir ;de forma alguma;. ;A linha do metrô de Brasília tem 42 quilômetros. O problema é que Brasília é atípica em relação às outras capitais, por causa das grandes distâncias;, justifica.
Fraga admite que os passageiros são transportados ;espremidos;. ;Hoje o metrô está estourado, a sua capacidade de transporte já está no limite;. Mas, ele diz que não se incomoda com as reclamações dos usuários sobre a superlotação do metrô nos horários de maior movimento. ;Eu desafio alguém a me apresentar qualquer cidade do mundo que o metrô não seja cheio no horário de pico;, diz o secretário.