postado em 01/03/2009 08:37
Uma chácara no Varjão virou abrigo para projetos de música, dança e educação desenvolvidos pela comunidade. Após dois meses de reforma, o imóvel ganhou espaço para aulas e apresentações e passou a ser usado pelos moradores. A Casa de Cultura do Varjão foi inaugurada neste sábado (28/02) com shows de berimbau e música brasileira.
Nas próximas duas semanas, a administração deve elaborar um calendário de eventos e aulas da Casa Cultural para estimular a participação das pessoas. A programação será gratuita. ;Vamos concentrar aqui as atividades culturais da cidade. Queremos trazer cursos de teatro, dança, hip hop, DJ. O que a população pedir, vamos fazer aqui;, ressaltou a gerente de cultural da Administração Regional do Varjão, Ellen Dejanni.
Um dos projetos que funcionará na casa nas próximas semanas é o Mudando a Paisagem, que ensina música a crianças e jovens da comunidade. O músico Luciano Marques, conhecido como Lupa, retomou um trabalho realizado há quatro anos na Quadra 8 do Varjão. Em uma praça, ele ensina percussão aos meninos de 7 a 14 anos. Nos primeiros três meses de projeto, os alunos conseguiam esboçar algumas músicas. O grupo conta com 16 crianças, mas a ideia do músico é chegar a 40. ;Montamos um show com 10 músicas. Trabalhamos com ritmos tradicionais, como maracatu e ciranda;, explicou Luciano.
Festa
Na inauguração da Casa da Cultura, a banda Tocando Sonhos, comandada pelo maestro Valdécio Costa Fonseca, tocou o hino de Brasília para os convidados. Desde 2007, Valdécio dá aulas gratuitas para 50 crianças e adolescentes de 8 a 18 anos, que estudam as partituras e treinam as notas três vezes por semana.
Na primeira fila da banda, ontem estava Luan Silva de Almeida, 9 anos, com o clarinete a postos. Ele aprendeu a tocar o instrumento há dois anos e agora pretende investir nas aulas de saxofone. ;Sempre tive vontade de tocar. Penso em ter uma cultura mais forte;, comentou.
O secretário de Governo, José Humberto Pires, lançou a placa de inauguração da casa. ;Há muitas manifestações culturais no Varjão e eles reivindicavam um espaço. Aqui, eles podem se organizar, dar aulas, se manifestar. As pessoas passam pela casa, olham e acabam vindo para cá, descobrindo uma vocação;, comentou.