Cidades

Cavalgadas gratuitas no Eixão conquistam crianças e adultos

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postado em 02/03/2009 08:20
Os milhares de carros que circulam pelo Eixo Rodoviário (Eixão) todos os dias ontem deram lugar a cavalos. As escolas de equitação do Jockey Clube e da Sociedade Hípica de Brasília organizaram passeios com os animais para crianças e adultos em dois pontos da via que corta a cidade (na altura da 106 Norte e da 108 Sul), com a intenção de promover o hipismo em Brasília. Seis animais ficaram à disposição de quem se exercitava no Eixão de 7h30 às 17h, enquanto outros cavalos faziam demonstrações de saltos no gramado ao lado da pista. Sofia Ferreira Raick, de 8 anos, gostou tanto de encontrar os cavalos no Eixão que deu quatro voltas. ;Adorei andar neles, mas quero fazer aula para aprender a andar sozinha;, pedia a menina ao avô, o médico Alberto Raick. As escolas de equitação do Jockey Clube e da Sociedade Hípica funcionam de terça-feira a domingo e são coordenadas pelo cavaleiro José Cabral Neto. ;O hipismo ainda tem o estigma de esporte de elite, mas isso está mudando;, analisa o cavaleiro. Segundo Cabral, a iniciativa dos centros hípicos pretende mostrar que o esporte é acessível (duas aulas por semana saem em torno de R$ 180, por mês). ;Nossa ideia é levar os cavalos às pessoas, para que as pessoas busquem os cavalos depois;, explica. O cavaleiro conta que o esporte cresce muito no Brasil e as escolas estão todas cheias. ;Pouca gente sabe, mas Brasília é um celeiro de cavaleiros;, diz. Para o avô de Sofia, que aproveitou para descansar à sombra enquanto a neta se divertia com os cavalos, o hipismo é um esporte disciplinador e formador de caráter. ;O cavaleiro precisa controlar o animal e, para isso, é preciso que ele se controle antes. Os cavalos têm sensores muito apurados para perceber o estado de espírito de quem o monta;, analisa Alberto Raick, de 78 anos, que disse à neta que ela terá de falar com o pai para conseguir se matricular na escola de hipismo. Outra vantagem da equitação é que ela não tem limite de idade para ser praticada. Que o diga a pequena Natália Botelho Teixeira ; que prefere ser chamada de ;Cinderela Natália Borboleta;. A menina de 2 anos interrompeu o passeio de bicicleta com o pai, o engenheiro de telecomunicações Cristiano Fernandes Teixeira, para passear a cavalo. ;Com 30 anos, o atleta não está velho, como acontece em outros esportes. Tem cavaleiro de 60 anos competindo com alto rendimento por aí;, comenta o cavaleiro José Cabral. De acordo com o professor de equitação, a amplitude da idade dos praticantes do esporte permite que a família inteira participe da montaria. ;Existem famílias que envolvem três gerações ; filho, pai e avô ; na montaria;, conta o cavaleiro. O hipismo também se particulariza por ser um dos únicos esportes em que homens e mulheres podem competir em pé de igualdade. Segurança O oftalmologista Renato Braz aproveitou o passeio no Eixão para mostrar à filha Amanda, de 5 anos, a importância da segurança na hora de montar. ;Costumamos frequentar o sítio do meu pai e vez ou outra vamos a hotéis-fazenda que oferecem passeios a cavalo. Acho importante que ela saiba o que fazer quando estiver montando. Eu mesmo caí muito até aprender;, diz o médico de 39 anos. Larissa Gabriele Vicentini, de 13 anos, prova que, no início, é preciso acompanhamento de especialistas para não se machucar. ;Desmaiei quando montei pela primeira vez;, lembra a menina, que tinha 9 anos na época. ;O cavalo era meio brabo e me derrubou;, conta Larissa, que venceu o medo e costuma visitar uma vez por mês o sítio do tio para andar a cavalo. Hipismo As escolas de equitação do Jockey Clube (Via de Ligação EPTG/Estrutural Área Especial s/nº, Guará I) e da Sociedade Hípica de Brasília (SHIP, Lote 8, Setor Hípico, em frente ao Zoológico) oferecem aulas para crianças e adultos de terça-feira a domingo, de manhã, à tarde e à noite. Informações pelos telefones: 3245-4982 e 8196-5687.

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