Cidades

Roubo de avião foi registrado às 16h15 em Luziânia; homem não tinha brevê

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postado em 12/03/2009 22:20
O avião monomotor EMB-712 Tupi que caiu nesta quinta-feira sobre cerca de 20 carros no estacionamento do shopping Flamboyant, em Goiânia (GO), após ser roubado no Aeroclube de Brasília, em Luziânia (GO), era particular, de propriedade de Artur Guerra Gerhard Hoffmani, e estava sob os cuidados do piloto José Luiz Gonçalves de Souza Filho. Souza registrou ocorrência às 16h15 na 1ª Delegacia Distrital de Luziânia. O piloto relatou que foi abordado por um homem magro, alto, de pele morena e cabelos pretos, aparentando ter 30 anos, acompanhado por uma menina morena clara e magra que aparentava ter oito anos. Souza relatou à polícia que não pediu identificação do homem, que pediu para fazer um voo panorâmico, por não se tratar de procedimento de rotina em voos de passeio. No depoimento de José Luiz consta também que, minutos após o avião ter taxiado pela área do Aeroclube, o passageiro sacou uma arma e ordenou que ele o obedecesse, pois "já havia matado uma pessoa" no dia e poderia matar outra. O piloto conseguiu saltar antes que o avião decolasse. A reportagem do Correio Braziliense tentou falar com José Luiz de Souza Filho na casa dele, mas ele teria ido para a casa de um amigo. Conhecidos disseram que, em estado de choque, Souza não quer dar entrevista. Carbonizados O homem que roubou o avião e acabou morrendo junto com a filha, após cair no estacionamento do shopping goiano em manobra que ainda não se sabe se foi intencional, era Kleber Barbosa da Silva e a menina, filha dele, era Penélope Silva, de cinco anos. Kleber caiu com o monomotor sobre cerca de 20 carros estacionados no Flamboyant, mas não havia ocupantes nos veículos. Ele e Penélope morreram carbonizados. Ninguém mais morreu ou ficou ferido. A versão para o caso sustentada até o momento - com base em boletim de ocorrência registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado de Goiás - é de que ele teria brigado com a mulher durante uma viagem de Anápolis para Goiânia, batido nela, abandonado-a na rodovia, e sequestrado a filha. Não existe brevê de piloto no nome de Kleber Barbosa da Silva.

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