postado em 15/03/2009 09:34
A Polícia Civil de Goiás vai ouvir na terça-feira Erika Barbosa, 23 anos, sobre os possíveis motivos que levaram o companheiro dela, Kléber Barbosa da Silva, 31 anos, a agredi-la com um extintor de incêndio, sequestrar a filha do casal, Penélope, de 5 anos, e roubar um avião bimotor na tarde de quinta-feira, em Luziânia. Pai e filha morreram na queda da aeronave, horas depois, no estacionamento de um shopping center de Goiânia
Sob efeitos de sedativos e ainda se recuperando da agressão, Erika adiantou para familiares que no dia da tragédia teve uma discussão com Kléber. Logo que foi socorrida, avisou que a filha corria perigo. ;Achem logo o Kléber, ele vai matar a neném;, disse, segundo relato da amiga Valquíria Nascimento
Na manhã de ontem, ainda de cama, a mãe de Penélope leu notícias do acidente e ficou abalada quando soube que a Polícia Civil investiga a denúncia de que Silva teria estuprado uma adolescente de 13 anos na segunda-feira. ;Eles eram apaixonados; relata Valquíria. ;É um momento desesperador para ela, que aos poucos está conhecendo o homem com quem viveu durante seis anos".
Na quinta-feira, depois do casal passar dois dias em Caldas Novas, a 170 km de Goiânia, Silva pediu para a mulher faltar mais um dia aos estudos. ;Ele pediu para Erika acompanhá-lo numa viagem para Anápolis;, disse Valquíria. Erika não teria dado detalhes da suposta discussão. Contou apenas que Penélope assistiu à agressão ocorrida logo em seguida. O delegado Manoel Borges, da 8ª DP de Goiânia, considera que a denúncia de estupro pode ter contribuído para que Silva cometesse a sequência de crimes no dia 12.