postado em 15/03/2009 17:01
Uma antiga rixa entre vizinhos terminou com a morte do sapateiro Antônio Zaires Vargas de Castro, 47 anos, na noite de sábado na quadra 27, do Setor Oeste no Gama. O homicídio foi o desfecho de uma grande confusão, que começou com o atropelamento de vizinhos e por fim o disparo contra o sapateiro. Segundo testemunhas, Castro comemorava seu aniversário em família, quando o sobrinho, Ricardo Mangine de Castro, 25 anos, saiu da casa do parente em uma D-20 e atropelou três pessoas em uma venda de churrasquinhos em frente a casa vizinha.
O pai do jovem, Jair Vargas de Castro, 44, alegou que uma motocicleta estaria trancando o carro da família e que o dono não quis tirá-la. Quando um dos parentes viu que os vizinhos estavam armados e ameaçavam atirar, Ricardo, com medo de morrer, tentou sair dirigindo por cima da calçada. Nesse momento, teria atropelado acidentalmente as pessoas que estavam no local. Uma das vítimas no incidente foi sua tia e esposa do sapateiro, Claudete Fátima Mangine de Castro, 47. Ela sofreu escoriações e fraturas e foi internada no Hospital Regional do Gama. Os outros dois atingidos foram Edvaldo Ferreira dos Santos, 37, e Francisco Ademar Bezerra Cunha, 69.
De acordo com testemunhas ouvidas pela 20ª Delegacia de Polícia, depois do atropelamento, o vizinho, dono do ponto de churrasquinhos, Gelson Farias Chaves Filho, 46, teria disparado contra Castro, que morreu no Hospital Regional do Gama. Gelson está foragido desde ontem. O advogado da família, Leonardo Rangel, afirmou não ter ainda detalhes sobre o caso, mas adiantou que o cliente não possuía arma de fogo, nem passagem pela polícia.
O delegado da 14ª Delegacia de Polícia, Vicente Paranaíba, que acompanha o caso, informou que o sobrinho do sapateiro, Ricardo Mangini de Castro, preso em flagrante, responderá por tentativa de homicídio, por assumir o risco de provocar a morte de três pessoas. E o autor do disparo, Gelson Farias Chaves Filho, por tentativa de homicídio. A família de Castro diz estar se sentindo injustiçada. "De vítimas, passamos a bandidos", desabafou Jair, sobre a prisão do filho Ricardo.
Colaborou: Naiobe Quélem