postado em 25/03/2009 13:48
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, assinou nesta quarta-feira (25/03) a primeira Parceria Público-Privada (PPP) habitacional do Brasil. A parceria cria o setor Jardins Mangueiral, que terá uma área total de dois milhões de metros quadrados e será construído em São Sebastião. O consórcio Vida Nova Mangueiral, formado pelas empresas Zaurak Empreendimentos Imobiliários, Silco Engenharia e Cidade Jardins Incorporação, é o responsável pelas obras do bairro, que terá investimento de R$ 900 milhões.
De acordo com Arruda, as obras começam na próxima segunda-feira (30/03). "As primeiras casas serão entregues em março de 2010", prometeu o vice-governador, Paulo Octávio. A criação do Mangueiral vai beneficiar oito mil famílias, que poderão financiar 100% do valor do imóvel. "Esta parceria muda a referência de habitação no Brasil. Afinal,é a primeira PPP habitacional do país", afirmou Arruda, que destacou a geração de quatro mil empregos diretos na região.
O Jardins Mangueiral, projetado pelo arquiteto Paulo Zimbres, será construído em concreto armado, o que dá mais agilidade às obras. Com essa tecnologia, o governo pretende construir seis casas em cinco dias. Além dos imóveis, o Mangueiral terá ruas asfaltadas, praças e até ciclovia.
Critérios
Inicialmente vão ser atendidas as pessoa já inscritas na lista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab). No segundo momento, o governo vai convocar servidores públicos que tenham interesse e se encaixem no perfil exigido pela legislação. Entre estas exigências, está o fato de morar no Distrito Federal há pelo menos cinco anos seguidos e ter renda até 12 salários mínimos (R$ 5.580). Quem tiver imóvel no DF não pode adquirir uma unidade no Mangueiral. O governo dará prioridade a servidores públicos de carreira, como professores, policiais e bombeiros.
De acordo com o secretário de Habitação, Paulo Roriz, o setor é a primeira parceria público-privada (PPP) habitacional do Brasil. "O Jardins Mangueiral é um marco para a política habitacional do nosso país. Será um setor bem construído, com todos os equipamentos comunitários e podendo ser financiado a perder de vista", frisou.
As empresas vão construir casas de dois e três dormitórios e apartamentos de dois dormitórios. As unidades terão entre 51 e 65 metros quadrados. Os valores dos imóveis irão variar entre R$ 89 mil e R$ 120 mil. A estimativa é de que o bairro tenha 30 mil moradores.