postado em 27/03/2009 11:45
Após ser alvo de protestos por causa da derrubada de árvores, a construção de uma quadra poliesportiva entre a 409 e 410 Asa Norte é novamente tema de manifestação. Mas, desta vez, o ato é a favor da obra. Cerca de 80 pessoas, entre moradores das quadras e alunos da Escola Classe 409, se reuniram no local na manhã desta sexta-feira (27/3) para pedir o apoio da população para o projeto.
O objetivo da mobilização é garantir que a quadra de esportes saia do papel. Segundo o prefeito comunitário da 410, Gilberto Torres Laurindo, ela é uma antiga reivindicação da comunidade e serviria também para a prática de educação física dos alunos, já a escola é pequeno e não tem espaço para abrigar a obra. "As crianças seriam as principais beneficiadas", argumenta o prefeito.
Autorizada em dezembro de 2007, numa ação do Governo nas Cidades com a comunidade, a construção da quadra, orçada em R$ 86 mil, teve início em fevereiro deste ano com a limpeza do terreno. Cinco paineiras foram derrubadas. As barrigudas, como são popularmente conhecidas, estavam no jardim há três décadas. Em protesto contra o corte de árvores, um grupo de pessoas ficou acampado um dia inteiro no gramado, e só saiu de lá porque a Secretaria de Obras paralisou as atividade.
Depois da manifestação dos moradores, a secretaria solicitou à Administração de Brasília que ouça os interessados antes de dar sequência ao projeto. Atendendo a essa determinação, a prefeitura comunitária realizará, no próximo domingo, uma consulta popular. Qualquer morador da 409/410 Norte poderá votar, mediante a apresentação de comprovante de endereço e identidade, de 8h às 17h da tarde.
Membro da prefeitura comunitária da 410 Norte, Antônio Joaquim de Moraes filho está animado com a consulta popular. Para ele, a oposição às obras da quadra não é opinião da maioria. "O pessoal levou muito para o lado ecológico e esqueceu do lazer e do esporte", diz.
Compensação ambiental
Outros quatro lugares foram cogitados para abrigar a quadra de esportes. Mas, segundo Antônio Joaquim, um parecer técnico da Administração de Brasília vetou as áreas alternativas: um, por apresentar maior quantidade de árvores; outro, por ser em cima da rede de esgoto; por estar sob a fiação elétrica; ou por ser próximo demais a uma via de tráfego intenso.
Para resolver o problema, a Administração Regional propôs uma compensação ambiental. Para cada árvore derrubada, outras cinco serão plantadas no espaço entre as duas quadras.