Cidades

Após invasão, moradores da Estrutural conseguem audiência com governo

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postado em 27/03/2009 12:57
Após a invasão da Colônia Agrícola Cano do Reino, por volta das 11h55 desta sexta-feira (27/3), os moradores da Estrutural, que realizam uma manifestação pela posse da terra desde o início da manhã, conseguiram uma audiência com a Gerência Regional do Patrimônio da União (Grpu-DF). A reunião deve ocorrer às 15h, mas o encontro não garante o fim do movimento. Segundo um dos representantes da cidade, Paulo Batista dos Santos, caso não haja acordo, a movimentação continua. ;Se não ficarmos satisfeitos com as propostas apresentadas lá, faremos uma assembléia na praça central;. Nela, os moradores da cidade serão comunicados da reunião. ;E também vamos combinar outra ocupação surpresa;. Cerca de duas mil pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Militar, se reuniram, desde 7h em frente à Colônia Agrícola, localizada atrás do Posto Policial da cidade. No entanto, nenhuma faixa da via foi interditada para o tráfego dos manifestantes. Apesar do transtorno no trânsito no início da manhã, por conta dos motoristas curiosos que diminuíam a velocidade para observar o movimento, por volta das 10h o fluxo já estava normalizado O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) acompanhou o início da manifestação. Segundo ele, há na região um contingente de pessoas muito grande. Algumas delas, conta o deputado, são os moradores principais dos lotes. ;Mas há uma série de pessoas excedentes;. Rollemberg destaca que a associação dos moradores reivindica que essas pessoas tenham prioridade num loteamento a ser feito no Cano do Reino. Representante dos moradores da cidade, Ismael de Oliveira Caetano, explicou a indignação da população. ;Essa área é destinada para pessoas de baixa renda. Estamos cansados dessa enrolação;. Os manifestantes afirmam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu 20 mil moradias para os residentes da cidade, mas o governador do Distrito Federal não liberou. ;O governo diz que não libera porque não tem dinheiro para construir, mas a gente mesmo constrói. Só queremos a nossa terra;.

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