Cidades

Casadio é suspeito de pelo menos mais quatro assassinatos no DF

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postado em 07/04/2009 08:04
O vendedor de carros Sérgio Alexander Dias Casadio, 35 anos, aparece como suspeito de pelo menos mais quatro assassinatos no Distrito Federal. Além dos três homicídios confessados por ele, os investigadores da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS) apuram se corpos encontrados no Entorno são de pessoas mortas pelo acusado. Eles têm características parecidas com os cadáveres das demais vítimas do comerciante, como proximidade dos locais de abandono e marcas de queimaduras. Assim como nos casos de Carlito Campinho Santos Sobrinho, 21, Orly Barbosa de Alencar, 35, e da namorada de Sérgio, Rízia Regiane de Oliveira Alves, 33, os restos mortais foram localizados entre Cocalzinho e Corumbá de Goiás, distantes cerca de 120km de Brasília. A identificação será feita pelo Instituto de Criminalística (IC). ;Os quatro corpos têm detalhes que levantam a suspeita de terem passado por rituais parecidos com os das demais vítimas;, afirmou o diretor-adjunto da DRS, delegado Leandro Ritt. Para a polícia, o vendedor de carros agia como assassino em série. Investigava a vida dos alvos ; normalmente, familiares de pessoas que lhe aplicaram golpes ; sequestrava, dopava, asfixiava e dava pancadas na cabeça. Livrava-se dos cadáveres com fogo e os largava no Entorno. Inspirava-se em séries de televisão como Dexter e CSI. Os investigadores também descobriram que mais dois assassinatos ocorreriam entre março e abril. Sérgio montou novo cativeiro em Girassol, em Cocalzinho. Das três vítimas de Sérgio, duas continuam enterradas em cemitérios goianos. Uma delas é Carlito Sobrinho. O corpo do jovem assassinado em 4 de dezembro do ano passado está enterrado como indigente em cemitério de Anápolis (GO), a 160km do DF. Depois de asfixiá-lo com um arame, Sérgio arquitetou um plano para se livrar do corpo. Ele e a então namorada, Rízia Alves, seguiram de carro até o Rio Corumbá, vestiram Carlito com uma sunga e o jogaram nas águas. A intenção era fazer com que o cadáver seguisse as corredeiras e caísse no Salto do Corumbá. O calção de banho reforçaria a simulação de afogamento. O corpo, porém, ficou enroscado num tronco de árvore e acabou encontrado no dia seguinte. Como estava mais próximo de Corumbá, foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal de Anápolis. A falta de documentos resultou em sepultamento anônimo. Os investigadores da DRS o localizaram depois da prisão de Sérgio, há duas semanas. Os familiares lutam agora por um enterro digno, mas dependem de autorização judicial. O comerciante Welington Amaral, cunhado de Carlito, reclama da demora. ;Para a gente, é muito sofrimento;, reclamou. Os parentes querem sepultá-lo em São Raimundo Nonato (PI), cidade onde o jovem nasceu. A DRS encaminhou documentação para a exumação há uma semana. Já os restos mortais de Orly Barbosa de Alencar, 35, estão enterrados sem identificação em Cocalzinho. O vendedor de carros o sequestrou e matou em 25 de novembro. Foi dopado, asfixiado e recebeu cinco pancadas na cabeça. Teve ainda o corpo queimado e abandonado em matagal. Por enquanto, apenas a família de Rízia Regiane realizou enterro digno, no cemitério de Taguatinga. O vendedor de carros a matou em 2 de janeiro, após 19 anos de convivência, por dois motivos: pegar os R$ 30 mil da venda de um imóvel da mãe dela e eliminar uma testemunha ; ela o ajudou nos homicídios de Carlito e de Orly. O número Homicídios 3 assassinatos foram confirmados por Sérgio Casadio

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