Cidades

Polícia procura no Paranoá quadrilha especializada em assaltos

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postado em 10/04/2009 11:45
Ao averiguar a denúncia anônima de que um morador do Paranoá escondia em uma casa no Itapoã um carro roubado e armas de grosso calibre, a polícia descobriu que Alex Sandre Leal Moura Santos, 27 anos, era mais que um simples receptador de objetos furtados. Na verdade, ele pode fazer parte de uma quadrilha especializada em assaltos a propriedades rurais na região. "As armas que ele tomou dos chacareiros eram usadas na prática de outros crimes com certeza", afirmou o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Miguel Lucena. Os agentes chegaram ao local onde estavam o Ford Eco Sport NGD 7775-GO e três espingardas ; duas de calibre .28 e uma .32 ; por volta das 18h de quinta-feira. "Assim que chegamos, vimos alguém pular o muro, mas somente depois soubemos que se tratava do acusado", disse Lucena. Na casa situada no Conjunto C da Quadra 1, do Setor Fazendinha, estavam três familiares de Alex Sandre e um amigo. A princípio, eles negaram a acusação. Mas a revista no quarto do suposto assaltante localizou as armas embaixo da cama dele. Conduzidos à 6ª DP, os familiares prestaram depoimento e acabaram liberados em seguida. O veículo também foi levado para a unidade policial. Lá, descobriram a data em que o roubaram. Os donos são um casal de moradores do Sudoeste. Eles foram abordados no dia 28 de março, por volta das 2h, no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), que fica atrás da Torre de TV. Dois homens desconhecidos abordaram as vítimas quando elas já estavam dentro do carro. "Um veio a mim e outro, à janela onde estava ela", lembra o veterinário de 30 anos. A dupla tomou a direção da Eco Sport e mandou que os donos deitassem na parte traseira do assoalho. De lá, eles seguiram com o casal para o Paranoá. O veterinário e sua mulher, a psicóloga de 27 anos, só foram liberados após 40 minutos numa área rural daquela cidade. Apesar do medo de estar sob a mira constante de uma arma, eles afirmam que não foram agredidos. "Os bandidos pediram para nós ficarmos calmos, que nada iria acontecer com a gente", lembra a moradora do Sudoeste. Ela ficou surpresa com a recuperação do carro. "Ele tem seguro, então não ligamos muito". As vítimas afirmam que não tiveram de sacar dinheiro, como ocorre nesse tipo de crime, conhecido como sequestro relâmpago. E fizeram uma reclamação: "ligamos de um orelhão para o 190, depois de bater de porta em porta e não sermos atendidos. A polícia não chegou", lamentou a psicóloga. Alex Sandre Leal Moura Santos é considerado foragido da polícia desde quinta-feira. "Vamos prendê-lo a qualquer momento", garante Lucena. Segundo o delegado, a quadrilha dele pode ter outros seis integrantes. Alex responde por estelionato, mas agora vai responder por roubo também. Além disso, acusado também foi indiciado por posse de arma. Somadas as duas penas, ele pode pegar até 19 anos de prisão.

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