postado em 13/04/2009 14:51
No primeiro dia de paralisação dos professores da rede pública de ensino do Distrito Federal, das 622 escolas, 227 (36,50%) mantiveram normalmente as aulas, 33 (5,31%) não funcionaram e 362 (58,20%) suspenderam parcialmente as atividades, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Educação.
Das 104 escolas localizadas no Plano Piloto, quatro (3,85%) paralisaram totalmente e 41 (39,42%) parcialmente. Em Taguatinga, das 64 escolas 40 tiveram as atividades parcialmente em funcionamento.
No Núcleo Bandeirante, o fato se repetiu. No Centro de Ensino Médio nº 1, muitos alunos ficaram do lado de fora do portão. Pouco mais de 50% dos professores não foram trabalhar. A presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro) na cidade, Gilza Camilo, garantiu que a paralisação nas escolas do Núcleo Bandeirante chegou a 70%. No entanto, dados oficiais do governo mostram que 63,33% das escolas pararam parcialmente e nenhuma totalmente.
Mesmo sem professores, alunos do ensino médio procuraram a biblioteca e o laboratório do Centro Educacional Setor Leste, na 611 Sul, nesta manhã. ;Os alunos do ensino médio não costumam vir em caso de greve porque sabem que as aulas serão repostas. Mas muitos vieram para estudar porque pensam em questões como o PAS e o vestibular;, contou a diretora do Setor Leste Ana Lucia Marques.
O Correio foi até o Centro Educacional 2 do Guará, onde dos 28 professores matutinos do ensino médio apenas 10 foram dar aula. A diretora da unidade de ensino, Vera Doria, está preocupada com as aulas de amanhã. ;Muitos dos que vieram hoje não vem amanhã porque estão revoltados com a atitude do governo frente à greve. Vai ficar difícil dar aula;, afirmou. De acordo com o balanço da Secretaria, das 23 escolas da cidade 12 paralisaram parcialmente e 11 mantiveram as aulas.
Exigências
O desembargador do Tribunal de Justiça do DF, Fernando Habibe, negou a ação do Governo do Distrito Federal (GDF) que alega a ilegalidade na greve. No entanto, o desembargador exigiu algumas posturas dos professores como não impedir os alunos de entrarem nas salas de aulas, não fazer Piquet violentos e a menos de 50m das escolas, além de manter 50% das atividades da Secretaria de Educação. ;O Sinpro vai cumprir a decisão, mas vai recorrer em um único ponto. Enviamos ao GDF uma carta dizendo que vamos repor todos os dias de greve, então não há porque mantermos 50% do funcionamento da Secretaria;, afirmou um dos diretores do Sinpro, Washington Dourado. A decisão tem caráter liminar.