postado em 16/04/2009 11:36
Uma manifestação dos trabalhadores do amianto deixou o trânsito complicado, na manhã desta quinta-feira (16/4), na Esplanada dos Ministérios. O ato em prol da manutenção de empregos na área de manipulação do minério na cidade de Minaçu (GO), onde está localizada a única mina do país, reuniu cerca de três mil pessoas, segundo estimativa do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.
Quatro das seis faixas da via S1 foram interditadas, para dar passagem aos manifestantes. Eles foram da Catedral Metropolitana e fizeram paradas estratégicas. Em frente o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o presidente da Federação Internacional dos Trabalhadores do Amianto, Adilson Santana fez um discurso pedindo ao ministro Carlos Minc a revogação da portaria baixada pelo MMA, que proíbe o uso de amianto em construções.
Os manifestantes se concentraram em frente ao Congresso Nacional, onde 400 representantes do movimento foram recebidos pelo vice-presidente do Senado, Marconi Perillo. Eles participam de uma audiência com Perillo, que é senador por Goiás, e com deputados federais da bancada goiana. Os demais manifestantes da marcha ocuparam o canteiro central da Esplanada e subiram em direção ao Teatro Nacional, onde uma grande tenda está montada para recebê-los.
O ato foi realizado em um horário de grande fluxo de veículos, das 9h30 às 11h, o que ocasionou congestionamentos na região central de Brasília. Mas Por volta das 11h30 todo o trânsito já estava normalizado. Segundo a tenente Estefânia Calado, da equipe do BPTran que estava no local, a manifestação ocorreu de forma ordeira e pacífica.
Usado na fabricação de telhas e caixas d'águas, o amianto entre os 200 produtos nocivos à saúde, segundo uma classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O minério é apontado por pela OMS como responsável por doenças pulmonares que levam ao câncer.