postado em 16/04/2009 19:24
Os três homens que assaltaram uma empresa de cobranças no Edifício São Paulo, na Quadra 1 do Setor Comercial Sul, não estavam mais no prédio quando a Polícia Militar (PM) e o Batalhão de Operações Especias (Bope) chegaram. Segundo informações da PM, os assaltantes entraram e saíram do prédio pela porta da frente, antes dos policiais chegarem ao local. O horário marcado na câmera de segurança instalada no prédio mostra os assaltantes chegando às 15h49.
Os três homens, armados com duas pistolas e um revólver calibre .38, subiram as escadas do edifício. Segundo o delegado adjunto da 5ª DP, Marco Antônio de Almeida, um quarto suspeito, que seria funcionário da empresa, pode estar envolvido na ação, mas o fato ainda não foi confirmado.
Às 15h50, os bandidos iniciaram a ação no quarto andar do edifício. Renderam um motoboy da empresa de cobranças que esperava para descer, duas mulheres de outras empresas e seguiram para o estabelecimento de cobranças, onde procuraram pela tesoureira do local. Os funcionários que estavam no atendimento foram rendidos e colocados deitados no chão. Os que trabalham na segunda área da loja, no call center, foram trancados em três banheiros. Fios de telefone foram arrebentados pelos bandidos como forma de impedir que algumas das vítimas tentassem acionar a polícia.
Enquanto isso, a tesoureira levou um dos bandidos até os malotes da empresa. Lá eles roubaram R$ 3 mil, jóias e cheques de clientes. Também foram levados pertences de funcionários e clientes que estavam no estabelecimento. Ao todo, seis pessoas foram assaltadas pelos acusados. De acordo com algumas testemunhas presentes na ação, durante todos os momentos os bandidos as ameaçaram de morte. "Parecia uma coisa de filme, eu estava morrendo de medo de ouvir alguma arma disparar, foi horrível", declarou o operador de crédito Maurício dos Santos, 24 anos.
Após trancarem as vítimas na empresa, às 16h08, segundo o horário das câmeras de segurança, os homens deixaram o edifício. Eles saíram tranquilamente carregando duas mochilas cheias de produtos do roubo.
Ação
Depois de uma varredura em todo o edifício, que durou quase duas horas, os policiais liberaram a maior parte das pessoas que estavam no prédio, após revistarem uma a uma. Apenas os funcionários da empresa de cobranças, que fica no quarto andar, foram levados para a 5ª DP, onde prestaram depoimento. A Polícia acredita que a ação foi premeditada. "Tudo indica que tenha sido planejado, porque eles sabiam o que buscar e a quem render. É provável que tenham tido informações privilegiadas", informou o delegado-adjunto. Ao todo, mais de 30 funcionários ficaram presos dentro do escritório, mas ninguém foi feito de refém. Dentro do prédio, as pessoas pouco sabiam sobre o que estava acontecendo. Testemunhas contaram que tudo o que ouviram foram gritos, então começaram a fechar as portas ou sair do edifício. Algumas subiram para o telhado. Segundo o horário marcado pelas câmeras de seguranças, às 16h19 a polícia entrou no prédio, fechou todos os acessos e não permitiu que ninguém entrasse ou saísse da área. Uma varredura foi feita em todos os andares. A quadra foi cercada pelo Bope e a PM, mas ninguém foi detido.