postado em 19/04/2009 08:29
A polícia espera o retrato falado dos três sequestradores da estudante Dinalva Plínio, 39 anos, para esta segunda-feira (19/4). O delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Antônio Romeiro, disse que a investigação depende da recuperação da vítima para colher novas informações e as características físicas dos bandidos. A mulher ficou pelo menos 55 horas sob o poder do trio, mas as circunstâncias do crime continuam um mistério. Ela passou a noite com o marido, Edvaldo Plínio dos Santos, 45.
Dinalva contou à polícia que o sequestro ocorreu na tarde da última terça-feira, quando saiu da faculdade Unieuro, na 916 Norte, rumo a Sobradinho. Ao parar no cruzamento com a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), um homem teria invadido o carro e, seguido por um Gol de cor clara, partiu para Taguatinga. Imagens mostram a estudante fazendo saques em uma agência. Na madrugada de quarta, os criminosos teriam obrigado Dinalva a dirigir até Santo Antônio do Descoberto (GO).
No cativeiro, a mulher afirmou que teve fome e permaneceu amarrada pelos punhos. Teria recebido coronhadas na cabeça. Dinalva acrescentou que conseguiu fugir na madrugada de sexta-feira, ao aproveitar um descuido dos ladrões. ;Me joguei de um barranco. Só corri, não olhei para trás;, contou. Ela acabou resgatada pela polícia em Jaraguá (GO), a 180km do DF, depois de andar 6km.
O delegado Romeiro classificou como ;confuso; o primeiro depoimento. ;Ela está muito abalada. Encaminhamos ela para o Instituto de Medicina Legal (IML), que comprovou os ferimentos pelo corpo. Não houve violência sexual;, revelou. Procurado pela reportagem, o casal evitou comentar o caso. O cunhado de Dinalva, identificado apenas com Wanderley, disse que ela passou a noite em casa, em uma chácara do Lago Norte. ;Ela ainda está muito abalada, tem medo de sair de casa;, contou.