postado em 23/04/2009 00:21
O caseiro Walmir Geraldo da Silva, 26 anos, dificilmente esquecerá a cena de terror que presenciou no final da tarde desta quarta-feira (22/4). Ao chegar à casa da irmã, num condomínio do Paranoá, viu a sobrinha de um ano e seis meses sentada, imóvel, no chão da sala. Ao lado dela, estava o corpo da mãe, que é irmã dele, caído no vão entre o banheiro e os dois quartos. Ela apresentava marcas de perfuração feitas provavelmente à faca. As duas moravam com o caseiro Maurozam Batista de Souza, 32, que está desaparecido e é apontado pela polícia como o principal suspeito de ser o autor do homicídio.
Os vizinhos afirmaram que viram Walmir passar de moto pela guarita do condomínio momentos depois de o crime ser descoberto. No feriado de aniversário de 49 anos de Brasília, o caseiro teria discutido com a mulher, Luciene Batista da Silva, 26. A discussão fez com que a vítima saísse de casa para passar a noite na residência do irmão que fica na mesma rua do Mansões Itaipu.
Maurozam se arrependeu e, ontem, pediu para conversar com ela. Quando Walmir chegou em casa, soube que a mulher havia ido falar com o marido. O cunhado do provável assassino, então, se dirigiu para a casa dos familiares por volta das 18h. Mas já era tarde. O crime havia sido consumado. "Ele (Walmir) pegou ela nos braços e levou para casa", conta Sebastião Rodrigues, 27, funcionário do condomínio e amigo da família.
Maurozam e Luciene eram casados havia 13 anos. Eles moravam no Paranoá desde 2006, nos fundos da propriedade. "Ele bebia muito. Mas ela não", afirmou Sebastião. O funcionário reclama da demora da polícia para chegar à propriedade. "Ligamos logo em seguida, mas ninguém apareceu. Se eles tivessem vindo logo, tinham capturado Maurozam, pois el fugiu de moto e pela portaria", lamenta. O caso será investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).