postado em 28/04/2009 18:14
A polícia prendeu nesta terça-feira (28/4) o acusado de matar dois moradores de rua na Praça do Índio, na 703/704 Sul. O crime ocorreu no dia 19 de janeiro. José Candido do Amaral Filho, 48 anos, é servidor concursado do Banco Central e confessou o crime. O servidor público disse que matou os dois homens porque na noite anterior eles teriam roubado uma tocha do quintal da casa dele, na 704 Sul. José Candido disse ainda que já estavas incomodado com os moradores há muito tempo, que segundo ele ficavam namorando na entrequadra.
Paulo Francisco de Oliveira Filho, 35 anos, levou três tiros, dois na cabeça e um na mão e Raulhei Fernandes Mangabeiro, 26, levou um tiro na cabeça. Segundo testemunhas um motoqueiro sem capacete se aproximou das duas vítimas e disparou pelo menos quatro vezes contra os dois moradores de rua.
Segunda a delegada-chefe da 1ª Delegacia de Polícia, Martha Vargas, os investigadores chegaram até José Candido depois que ele registrou o roubo de uma moto três dias após o crime. Na ocorrência ele informou que a moto foi roubada uma hora antes do crime, que ocorreu por volta de 6h30 do dia 19 de janeiro. Como o assassino havia fugido em uma moto a polícia começou a investigar o suspeito, que foi preso em casa.
O servidor público responderá por duplo homicídio por motivo futil. Martha disse ainda que há o agravante de uma das vítimas estar dormindo no momento em que ocorreu o crime.
Praça do Índio
Em 20 de abril de 1997, o índio Pataxó Galdino José dos Santos foi queimado vivo durante a madrugada, no ponto de ônibus da 703/4 Sul. Antônio Novely Cardoso de Vilanova, Eron Chaves de Oliveira, Max Rogério Alves, Tomás de Oliveira e um menor de idade jogaram álcool sobre o corpo da vítima, que estava dormindo, e usaram fósforos para atear fogo. Eles foram detidos no mesmo dia. Galdino teve 95% do corpo queimado e não resistiu.
Os autores confessaram o crime, mas alegaram que a intenção era fazer ;uma brincadeira;. O indígena foi enterrado em Pau Brasil (BA), sua terra natal. O crime foi tipificado como homicídio doloso.
Os maiores foram condenados a 14 anos de prisão. No entanto, o menor de idade, irmão de Tomás, foi libertado. Sete anos depois do assassinato, Tomás e Eron conquistam liberdade condicional. Max e Antônio receberam o mesmo benefício e também deixam a prisão.