Cidades

Polícia deve divulgar retrato falado de homem que aplicou golpe boa-noite, Cinderela

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postado em 08/05/2009 10:46
A Polília Civil do DF fará, na tarde desta sexta-feira (8/5) o retrato falado do homem que dopou e roubou 10 cortadores de cana. O grupo viajava em um ônibus de São José do Rio Preto (SP) com destino a Brasília. Daqui, seguiriam para casa em Diamante, na Paraíba. Durante o trajeto, caíram no golpe conhecido como boa-noite, Cinderela. Segundo o delegado-chefe da 3ª DP (Cruzeiro), Aluízio Carvalho, todos foram ouvidos, quatro na delegacia e os outros seis no hospital. ;Eles já informaram, por exemplo, que o acusado tem um olho de vidro. Isso ajuda a restringir as buscas;, explicou o delegado. As vítimas eram funcionários da firma Guarani e haviam sido demitidos. Por isso, voltavam para a cidade natal. O ônibus chegou em Brasília às 7h45 de ontem. Carvalho acredita que o crime tenha sido premeditado. ;Essas pessoas fazem um levantamento, já que sempre há grupos de pessoas que fazem esse trajeto depois de trabalhar nas colheitas no interior de São Paulo. O homem preparou dois litros de refrigerante com algum tipo de medicamento. Ele sabia que encontraria um grupo grande;. Janaira Nogueira, irmã de Antonio Nogueira de França, uma das vítimas, conta que os homens eram parentes e que seguiriam às 18h do mesmo dia para Diamante. Antes, passariam o dia na casa dela, em Samambaia. ;Quando o ônibus chegou, vi que todos estavam dormindo. Quando entrei no ônibus, uns estavam desmaiados, outros vomitando, alguns com a cor estranha;, disse. A empresa Real Expresso acionou a polícia. Prejuízo Carlos Alexandre conta que um homem que também viajava no ônibus e que se identificou como Luiz ofereceu refrigerante para ele e para os companheiros. ;Eu só tomei um gole, mas os outros tomaram muito. Acho que por isso não me senti tão mal;, relatou. Depois de tomarem o refrigerante, todos adormeceram. Com a fala enrolada, o homem ainda afirmou que, ao acordar, o dinheiro de todos, além de celulares e documentos, havia sido levado. Carlos Alexandre carregava R$ 700, valor pago pela demissão e pelo tempo trabalhado no campo. Cerca de R$ 5 mil podem ter sido roubados das 10 vítimas. O acusado pelo crime teria entrado no ônibus em Lins, no interior paulista, pouco antes do embarque dos 10 lavradores. ;Ele disse que tinha um caminhão de cana. Ficou puxando conversa com a gente, depois saiu e trouxe duas garrafas de refrigerante;, relatou Antonio Nogueira. Segundo testemunhas, o suspeito foi visto pela última vez quando desembarcou em Goiânia, ainda de madrugada. As vítimas identificaram o homem como uma pessoa de estatura baixa, barbudo e de cabelo preto. Ele vestia calça roxa e usava óculos. Dentro do ônibus, os agentes encontraram uma porção de comprimidos cortados. Segundo Carvalho, o material será levado para análise. Se encontrado, o homem responsável pelo crime deve responder por roubo. A pena de quatro a 10 anos pode ser aumentada em até 2/3 por o crime ter sido cometido contra 10 pessoas.

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