postado em 16/05/2009 11:37
Moradores do início da Asa Norte reclamam que foi difícil pegar no sono na madrugada de ontem. O som de uma festa na área externa do Estádio Mané Garrincha ecoou pelas quadras residenciais e pôde ser ouvido até pela altura da 711. Em alguns apartamentos, as janelas vibraram com o volume excessivo. Muitos, incomodados, ligaram para a polícia. Os shows de bandas nordestinas seguem até amanhã, no mesmo local. O produtor do evento prometeu reduzir o volume.
A segunda edição do Encontro do Nordeste começou na quinta-feira. Os dois palcos, com pelo menos 30 caixas de som cada, foram montados de frente para o Autódromo Internacional Nelson Piquet. Não há isolamento acústico, já que a festa acontece ao ar livre. A organização espera reunir 50 mil pessoas nos quatro dias de encontro, que conta com barracas de comidas típicas e feira de artesanato. A Administração de Brasília concedeu alvará para o evento.
As reclamações sobre o barulho da festa chegaram aos ouvidos de seu idealizador, o produtor Valdemar Cunha. ;Se o som estava alto, vamos abaixar;, disse ele. ;Eu também não gostaria de ser incomodado. Se a pessoa não pode ir ao evento, ele tem mais é que dormir em paz mesmo;, completou. Segundo o produtor, já na noite de ontem, o volume seria diminuído gradativamente a partir das 22h. ;Vamos contribuir para não criar problema;, garantiu.
De acordo com a Lei Distrital 4.092/08, a chamada lei do silêncio, é proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população por meio de sons e ruídos que ultrapassem os ;níveis máximos de intensidade;. A assessoria do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), responsável pela fiscalização, informou que o órgão conta apenas com três funcionários especializados para todo o Distrito Federal. E considerou ;fato isolado; o som alto da festa nordestina.
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