postado em 22/05/2009 08:28
Lembra das duas porcas apreendidas pela Secretaria de Agricultura do Distrito Federal em 5 de maio na Universidade de Brasília (UnB)? Elas estavam no local para o trote organizado por alunos da Faculdade de Agronomia. A ideia era caminhar com os bichos pelo Instituto Central de Ciências (ICC) e cozinhá-los horas depois. Mas fiscais da Secretaria de Agricultura recolheram e encaminharam as leitoas para o Hospital de Animais de Grande Porte, na Granja do Torto. Agora, 21 dias após o episódio, as porquinhas de aproximadamente dois meses têm um novo lar. Não serão mais maltratadas ou servidas no jantar.
Ontem à tarde, elas foram levadas para uma chácara por integrantes do Grupo de Estudos Vegetarianos de Brasília e da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (Proanima). O grupo soube da história das leitoas, que seriam abatidas na última segunda-feira. Entraram em contato com a Secretaria de Agricultura e iniciaram uma jornada para salvá-las da morte. Encontraram o dono dos animais, que concordou em ajudar, dividiram a multa de R$ 225 para liberar as porquinhas e arrumaram um novo lar para os bichos.
O professor Klébler Castelo Branco, 46 anos, possui uma chácara de seis hectares no Lago Oeste, onde vivem ele, a esposa, duas porcas, 18 cães e 9 gatos. Branco, que também é vegetariano, vai manter as leitoas soltas e bem alimentadas. ;Me prontifiquei a ser o fiel guardião até o final da vida;, garante ele, uma das 22 pessoas que se voluntariaram, pela internet, a receber os bichinhos. ;A nossa proposta é mostrar que não precisamos causar sofrimento aos animais só para satisfazer nossas vontades;, explica o coordenador do grupo, Leonardo Ortegal, 23 anos.