Cidades

Advogado de Nenê Constantino entra com pedido de Habeas Corpus no TJDFT

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postado em 22/05/2009 12:39
Diferente do que foi divulgado anteriormente o advogado de defesa do empresário Constantino de Oliveira, 78 anos, entrou com pedido de habeas corpus na noite de quinta-feira (21/5) e não na manhã desta sexta. O pedido foi julgado ainda na quinta e negado. Acusado de mandar matar dois homens e de ferir outro, o empresário Nenê Constantino, como é conhecido, é considerado foragido desde o fim da tarde de ontem ; não havia sido localizado pela polícia até as 22h. O fundador da Gol Linhas Aéreas e outras três pessoas tiveram a prisão preventiva decretada por um juiz de Taguatinga. O trio foi surpreendido em casa por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal. Entre eles, Victor Foresti, genro e sócio de Nenê no grupo Planeta ; o maior conglomerado de transportes urbanos da capital ; e vice-presidente do Setransp, o sindicato das empresas do setor. Constantino é apontado como mandante dos crimes. Todos os casos ocorreram em 2001 e têm como motivo a disputa por um terreno em Taguatinga Norte. Foresti acabou preso sob acusação de subornar testemunhas. Os outros detidos são os motoristas aposentados João Alcides Miranda, 61, e Vanderlei Batista Silva, 67. Ambos trabalhavam para o fundador da Gol e, segundo as investigações, receberam ordens dele para executar as vítimas. Vanderlei Silva hoje é vereador em Amaralina (GO), mas fazia a segurança de Constantino na época dos assassinatos. A ordem para prender os acusados partiu, no começo da tarde de ontem, do juiz Almir Andrade Freitas, do Tribunal do Júri de Taguatinga. ;Há prova de materialidade e indícios mínimos de autoria colhidos pela prova indiciária, capaz de possibilitar a instauração de ação penal e abertura da primeira fase judicial, motivo pelo qual recebo a denúncia, pois encontram-se os requisitos legais;, escreveu o magistrado, em despacho assinado às 12h36. O juiz se referiu à denúncia do Ministério Público do DF, baseada em investigação da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), da Polícia Civil brasiliense. ;O caso está encerrado desde 28 de abril. Para nós, não há dúvida do envolvimento de cada um;, afirmou o delegado Luiz Julião Ribeiro, chefe da Corvida. Ele ressaltou ainda que considera Constantino um foragido da Justiça. ;A partir do momento em que não o encontramos em casa, no trabalho, a família foi informada da ordem de prisão e ele não se apresentou, passou a ser foragido;, afirmou o delegado.

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