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R$ 840 mil será o menor preço no Noroeste

Imóveis do novo bairro começam a ser vendidos no segundo semestre. Transações se darão com apartamentos ainda na planta, de tamanhos entre 120 e 240 metros quadrados. Incorporadora confirma que metro quadrado custará inicialmente entre R$ 7 mil e R$ 8 mil

postado em 03/06/2009 08:10
Os apartamentos no Setor Noroeste, localizado na Asa Norte, começarão a ser vendidos no início do segundo semestre deste ano. Todos os imóveis do primeiro lançamento serão ofertados na planta. Eles terão três e quatro quartos, com tamanhos que variam entre 120 e 240 metros quadrados. A empresa responsável pela construção das unidades confirmou o valor especulado pelo mercado imobiliário nos últimos dois anos. O metro quadrado no bairro nobre custará, inicialmente, entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Assim, quem quiser morar nas SQNW (como serão chamadas as quadras do novo setor) terá que desembolsar de R$ 840 mil a R$ 960 mil para comprar o menor apartamento disponível. As coberturas terão preço entre R$ 1,7 milhão e R$ 1,9 milhão. O início da comercialização dos imóveis no Noroeste movimenta o mercado imobiliário do DF. As construtoras correm contra o tempo para sair na frente nos lançamentos. Por enquanto, a primeira a anunciar vendas é a Via Engenharia, que adquiriu quatro das 54 projeções residenciais licitadas pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e já espalhou outdoors pela cidade anunciando o lançamento. Até agora, a empresa apresentou três projetos para a Administração de Brasília, que estão sob análise. O órgão também examina outras sete propostas de construtoras diferentes. Apesar de ainda não ter recebido o aval do governo para iniciar as obras, a Via espera lançar o empreendimento no começo de agosto, quando o projeto for aprovado e o material de publicidade estiver pronto. O Correio apurou que a análise dos estudos da construtora está adiantada na administração e os empreendimentos devem ser liberados em cerca de duas semanas. ;Não temos porque segurar esse lançamento. Fixamos um preço que achamos que o mercado está disposto a pagar. Ele (o preço) será compatível com o produto ofertado;, afirmou o presidente da Via, Fernando Queiroz. Infraestrutura Os demais lançamentos devem começar a surgir em setembro e se concentrar, principalmente, no último trimestre do ano. O presidente da incorporadora Lopes Royal, Wildemir Dermartini, contou que a empresa está assessorando várias construtoras que pretendem lançar empreendimentos até o fim de 2009. Ele não quis detalhar quantas nem quais são as companhias, mas confirmou que o preço médio do metro quadrado deverá ficar em R$ 8 mil. ;Os apartamentos mais simples, em prédios com acabamentos menos luxuosos, devem sair por R$ 7 mil o metro quadrado. Mas a média deve ficar em R$ 8 mil. Isso vai depender muito do estágio em que vão estar as obras de infraestrutura do bairro;, disse. As especulações em torno do valor dos imóveis do Noroeste começaram logo após a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da área, em dezembro de 2005. Na época, corretores de imóveis acreditavam que o metro quadrado cobrado na região variaria entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, ou seja, bem abaixo do que está sendo anunciado agora. O preço era inferior ao do Sudoeste, de cerca de R$ 3,8 mil, mas maior que o cobrado em Águas Claras, de aproximadamente R$ 2 mil. Agora, o valor é compatível com os mais recentes lançamentos do mercado imobiliário do DF. Apartamentos do Living Superquadra Sul, um residencial de luxo atrás do ParkShopping, começaram a ser vendidos no fim de março por um preço entre R$ 6,5 mil e R$ 7,5 mil o metro quadrado. No Ilhas Maurício, também no Guará, o metro quadrado custa R$ 6 mil. O empreendimento foi lançado há um mês e 50% dele foi vendido. Bairro Ecológico Além da localização privilegiada, há outros fatores que encarecem os imóveis do Noroeste. O primeiro deles é o preço das projeções, vendidas, em média, a R$ 11 milhões pela Terracap. Depois vem o conceito dos edifícios ; de prédios ambientalmente corretos. Pelo projeto do Noroeste, os residenciais deverão ter coleta seletiva, energia solar e aproveitamento da água da chuva, por exemplo, o que encarecerá o produto. A Via ainda não definiu quais elementos adotará, mas o presidente da empresa garantiu que as construções serão ;sustentáveis;. Além disso, as unidades serão luxuosas. ;Todos os apartamentos serão espaçosos, com a comodidade e o conforto que o mercado espera;, disse Queiroz. A expectativa da Via é entregar o prédio pronto em agosto de 2011. As vendas começarão antes mesmo de as obras serem iniciadas, o que está previsto para o fim do ano. Todos os projetos em análise na Administração de Brasília são para prédios com apartamentos de três e quatro quartos, com as mesmas características dos da Via. Os projetos surgiram semanas após a venda das primeiras projeções, em 29 de janeiro de 2009. A análise deles estava parada até ontem, mas deve ser retomada até o fim da semana. Os técnicos da administração aguardavam a publicação das normas de gabarito do setor, que tiveram a redação alterada porque os arquitetos contratados pelas construtoras levantaram uma série de dúvidas ao elaborarem os projetos. Eles não sabiam, por exemplo, qual a ocupação máxima permitida nos terrenos, qual a utilização correta do subsolo ou da cobertura. Por isso, o governo decidiu rever a escrita da norma, para deixá-la mais simples. As novas NGBs foram publicadas ontem, no Diário Oficial do DF. Por enquanto, elas valem para as SQNW 107, 111, 307 e 311, quadras com projeções já licitadas. A administradora de Brasília, Ivelise Longhi, não quis especificar prazos para a concessão dos primeiros alvarás, mas disse que os processos voltarão a ser avaliados rapidamente. ;Vamos fazer um mutirão se for preciso. O importante dessas mudanças é que as aprovações serão mais rápidas porque os projetos não vão precisar ficar indo e vindo;, afirmou. Leia a matéria completa na edição impressa do Correio Braziliense

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