Cidades

Delegado não tem dúvida que abuso ocorreu em escola

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postado em 03/06/2009 08:26
O delegado da 19ª DP (Ceilândia), Raimundo Vanderly, diz não ter dúvidas de que o menino de quatro anos que sofreu abusos sexuais foi violentado na escola onde estuda, em Ceilândia. Contou que a vítima deu detalhes do episódio em depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). ;O depoimento é fidedigno. Não teria como uma criança de 4 anos contar algo que não ocorreu com tantos detalhes. A DPCA tem técnicas especiais para ouvi-la. Não tenho dúvidas de que ocorreu na escola;, afirmou. A Escola Classe 34 abriga alunos de 4 a 12 anos. Frequentam da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental. Silêncio Ontem, a Secretaria de Educação decidiu se calar. Por meio de nota, o secretário José Luiz Valente informou que só se pronunciará após a conclusão das investigações e usou como justificativa um caso ocorrido ano passado, quando familiares de uma aluna do Ensino Especial disseram que ela havia engravidado dentro do Centro de Ensino Médio 9 de Ceilândia. Segundo Valente, professores e alunos ;foram submetidos a julgamento público injusto e precipitado;. A investigação policial apontou um parente como responsável pelo estupro ; que teria ocorrido fora da escola. No colégio, ninguém recebeu a reportagem sob a alegação de proibição por parte da secretaria. A nota oficial diz ainda que a sindicância seria aberta ontem pela Diretoria Regional de Ensino de Ceilândia. O prazo para apresentação de resultados é de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período. É o mesmo prazo previsto para a conclusão do inquérito policial. A família já decidiu que o garoto não volta mais para a EC 34. ;Vamos ver se ele volta para a escola este ano. Mas não essa. Vamos apertar o nosso orçamento familiar e colocá-lo numa escola particular;, decretou a avó. A denúncia do abuso chegou à delegacia e à Secretaria de Educação na quinta-feira da semana passada. Segundo a avó do menino ela percebeu que havia algo errado com criança quando foi buscá-la na escola. Quando cheguei para buscá-lo, quinta à tarde, ele estava debaixo de uma mesa. Não queria sair. A professora disse que ele estava com medo de mim, mas, na verdade, foi ela que não foi capaz de protegê-lo e sequer de perceber a situação;, alega ela, que fica nervosa ao falar do assunto. ;Fiquei preocupada quando levei ele para casa porque estava calado, triste. Então percebi que estava cheio de sangue;, narra. A vítima contou à avó tudo o que havia ocorrido. Por conta de um problema de saúde, o garoto precisa ir com frequência ao banheiro. ;E a professora deixava ir sozinho sempre. Ele contou que estava no banheiro quando foi agarrado por três meninos gigantes. Eles o levaram para uma sala vazia;, relata a avó. ;Daí, um segurou os braços dele bem forte. O outro imobilizou as pernas e o terceiro fez essa coisa horrível.; O menino chegou a desenhar a cena. ;Ele se desenhou pequenininho, frágil. E fez os outros três enormes;, explica a avó materna.

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