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Parque Olhos d'Água tem apresentação de artistas nos fins de semana

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postado em 08/06/2009 08:28
Os sons do bandolim, do cavaquinho, dos violões, do pandeiro e da flauta inebriaram quem curtia a manhã de domingo no Parque Olhos d'Água, no fim da Asa Norte. Cerca de 100 pessoas se uniram em torno dos músicos durante uma hora de apresentação. O chorinho do grupo Folha Seca, formado por alunos do Clube do Choro de Brasília, arrancou sorrisos, aplausos e até fez alguns mais soltos dançarem no quiosque que fica na entrada do parque. O projeto de associar a música ao momento de lazer dos visitantes começou no início do ano. Todo fim de semana, artistas da cidade, dos mais variados estilos, tornam o lugar ainda mais acolhedor. O administrador do Olhos d'Água, Ezequias Vasconcelos, explica a iniciativa: ;O parque tem que ter vida;. E vida é o que Sildene Gomes Braga tem de sobra do alto dos seus 80 anos. Ela virou frequentadora cativa das apresentações musicais nos fins de semana. Ontem, com um elegante chapeu de palha e óculos escuros, puxou as palmas e cantarolou clássicos como Carinhoso, de Pixinguinha, e Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. ;A vida vale ouro;, dizia ela, sempre sorridente, a quem passasse por perto. ;Gosto de qualquer música, menos tango;, ressaltava a carioca que mora próximo ao parque, na 213 Norte. O dedilhado nas cordas dos instrumentos fez muita gente reviver o passado. ;Estou aqui lembrando do tempo em que eu era jovem;, contou Alice Alves, 52 anos, encostada na parede. A auxiliar de serviços gerais do parque deu uma parada no trabalho para curtir a música. ;Você já viu que tem uns senhores aí balançando as pernas?;, dedurou ela. Seu Geraldo Magalhães, 75 anos, não só balançou as pernas como se levantou e filmou com o celular um trecho da apresentação. ;Isso aqui é pra eu curtir depois e mostrar pro pessoal. Muito bonito.; Mais ao fundo, com olhos vidrados nos músicos, a jovem Cristiana Carvalho, 26, soltou o corpo e se deixou levar pelo chorinho. ;Não consegui me controlar;, reconheceu ela, ao término do show. ;É muito legal unir o verde, esse clima família e o choro;, completou. Mesmo quem não parou para assistir, em pé ou sentado, à performance dos choristas acabou contagiado pela música. ;Estava pensando nisso agora: isso aqui é qualidade de vida. Volto pra casa melhor, com o espírito elevado;, refletiu o arquiteto Herbert Fernandes Viana, 41, que tomava sol de onde era possível ouvir o som. ;Música é bom em qualquer lugar;, comentou o físico Carlos Galvão, 67, sentado no gramado. Livres da tensão de uma apresentação formal, os músicos adoraram tocar no parque. ;A energia do público é diferente;, resumiu a flautista Patrícia Coelho, 38. O grupo, que existe há três anos sob influência de Hamilton de Holanda, foi aplaudido de pé no fim. Teve gente da plateia que saiu abraçando cada um dos seis integrantes para agradecer os momentos vividos naquela manhã. E dona Sildene, a alegre senhora de 80 anos, sentada na cadeira de rodas que a acompanha há uma década, continuava a repetir: ;A vida vale ouro. E a música também;. SERVIÇO As apresentações musicais no Parque Olhos d;Água são de de graça e ocorrem geralmente aos domingos, às 11h. No próximo fim de semana, no entanto, o show será às 17h de sábado, quando se apresenta a banda Clorophila, que toca o estilo new age. A programação pode ser acompanhada pelo site www.amigosdoparqueolhosdagua.com.br. Quem quiser se apresentar no espaço pode ligar para o administrador do parque, Ezequias Vasconcelos, no telefone 8122-1755. O Olhos d;Água fica entre as quadras 413 e 414 Norte.

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