postado em 12/06/2009 22:50
Foi realizada no início da noite desta sexta-feira (12/6) na Paróquia São João Bosco (Núcleo Bandeirante) a missa de sétimo de Pedro Gonçalves da Costa, 16 anos, vítima de um atropelamento no último sábado (5/6). Além dos familiares e amigos do jovem, outras famílias de vítimas de acidentes de trânsito compareceream à cerimônia para prestar soliedariedade.
Usando camisas com fotos dos parentes falecidos, familiares da menina Yasmin Jesus, 5 anos, atropelado na porta de casa há menos de um mês, e Cláudia Chendes, que perdeu o marido e o sogro em um acidente na W3 Sul em abril, querem formar uma ONG de apoio à familiares de vítimas de acidentes. O pai de Pedro Gonçalves, Franklin Costa, aderiu a criação da entidade: "Vamos formar essa associação para dar apoio psicológico e jurídico às famílias. É preciso também conscientizar as pessoas que a mistura de álcool e trânsito é perigosa. Nada devolve as vidas que nos foram tiradas", frisou Frankin.
Pedro, que morava no Núcleo Bandeirante, foi atropelado quando estava a caminho da escola, às 7h15, na W3 Sul. O motorista, Bruno Moraes Dantas, 21 anos, estava em alta velocidade e fazia zigue-zagues na pista. O teste do bafômetro confirmou que ele ingeriu bebida álcóolica. Bruno já tinha passagem pela pólicia e está preso.
Ato público
Todos os familiares farão um ato público na Esplanada dos Ministérios contra a violência no trânsito no dia 18 de junho, dia em que Pedro completaria 17 anos. "É preciso tirar a lei seca da UTI. A justiça tem que apressar a condenação daqueles que tiraram a vida dos nossos parentes. Chega de impunidade", protesta Cláudia Chendes. Ela é viúva de Carlos Alberto Silva Junior, que morreu junto com o pai após uma batida na W3 Sul em abril. O motorista responsável pelo acidente, José de Araújo Arruda - que estava embriagado - teve liberdade provisória concedida pela Justiça.
Cláudia convida às famílias de vítimas de acidentes de trânsito que participem da manifestação na Esplanada e pede a ajuda de voluntários para atuarem na organização que está sendo criada.
"A nossa dor está se tranformando em solidariedade. Esperamos a ajuda de profissionais voluntários e que outras famílias que estão passando por essa mesma situação nos procurem", ressalta.
Interessados podem acessar a página "Chega de impunidade" no site de relacionamentos Orkut.