postado em 16/06/2009 15:45
Desaparecido desde a manhã de segunda-feira (15/6),o padre Gisley Azevedo Gomes, 31 anos, foi encontrado morto por volta de 12h em um matagal no Incra 6 (Brazlândia), no entrocamento da DF 445 e 435. O corpo de Gisley foi atingido por três tiros, sendo dois na cabeça.
Na noite de ontem, o carro do religioso foi encontrado na quadra 38 de Brazlândia com um menor de 17 anos. Ele foi conduzido à Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA). Segundo informações da 18ª DP (Brazlândia), o menor teria fornecido a arma do crime.
Outros dois suspeitos, Maik Monteiro de Souza, 18 anos, e Wellington Lacerda de Araújo, 23 anos, já confessaram a participação no latrocínio e estão detidos na 18ª Delegacia de Polícia. O quarto suspeito, Wanderson Vaz Cardoso, 23 anos, que estava foragido, foi detido por volta das 16h desta terça-feira (16/6).
Segundo o delegado de plantão da 18ª DP, Willy Borges de Amorim, Wanderson disse em depoimento que na noite do crime, ele e os dois comparsas estavam planejando cometer um asssalto seguido de morte. Wanderson disse que tinha o contato do padre e teria ligado para ele marcando um encontro. O sacerdote foi ao encontro do acusado em uma parada de ônibus do Pistão Sul, em Ceilândia.
Quando o padre chegou ao local combinado, Wanderson pediu a ele que desse carona aos amigos. No caminho, eles anunciaram o assalto e Wellington tomou a direção do veículo, um Fiat Siena, placa JIA 5295 ; DF, em direção a Brazlândia.
Os homens obrigaram o padre a assinar um cheque de R$ 1 mil e entregar dois cartões de crédito com as senhas. Logo depois, o padre Gisley foi morto a tiros de revolver calibre 38.
Na mesma noite, os acusados tentaram sacar dinheiro com os cartões, mas a senha estava errada. Na manhã seguinte, em vão, tentaram novamente.
Wanderson Vaz Cardoso, que disse ser garoto de programa, e Maik Monteiro de Souza tinham antecedentes criminais. Ainda não se sabe qual dos três acusados efetuou os disparos que atingiram o sacerdote.
Atuante
Padre Gisley era assessor nacional do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele morava na casa da Congregação dos Sagrados Estigmas. As pessoas que residem no lugar são conhecidas como estigmatinos. O padre foi visto pela última vez no domingo (14/6) por volta das 19h em uma reunião da CNBB. Os advogados da CNBB acompanham o caso.
Com informações do AQUI-DF