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Noroeste: GDF aprova projetos urbanísticos dos três primeiros prédios

postado em 19/06/2009 08:25
Quem aguardava a chance de comprar um apartamento no mais verde e moderno bairro de Brasília, o Noroeste, não precisará esperar muito tempo. Os três primeiros prédios residenciais do setor, localizado na Asa Norte, serão vendidos aos futuros moradores a partir do próximo mês. Os projetos urbanísticos das unidades foram aprovados ontem pela Administração de Brasília. Os edifícios são %u201Cinteligentes%u201D (com sistema de funcionamento ecologicamente corretos), têm seis andares mais cobertura, salão de festa, churrasqueira, piscina e academia. Ao todo, são198 apartamentos, com tamanhos que variam de 120 a 200 metros quadrados, que deverão ser ofertados, na planta, pelo preço mínimo de R$ 840 mil.[SAIBAMAIS] Os primeiros prédios do aguardado bairro são os das SQNW 2014 como serão chamadas as quadras 214,110 e 111, e tiveram os projetos aprovados em tempo recorde pela administração: 15 dias. "Fizemos reuniões com todos os integrantes desse processo. Isso foi fundamental para sanar dúvidas e fazer ajustes. Com certeza, a construção desse bairro será um marco na história do Distrito Federal", ressalta a administradora de Brasília, Ivelise Longhi. Os três edifícios são da construtora Via Engenharia, que comprou quatro dos 54 lotes residenciais já licitados pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). A expectativa do presidente da Via Engenharia, Fernando Queiroz, é que a venda dos imóveis seja esgotada em dois meses após seu lançamento. "Há uma demanda reprimida que espera o Noroeste há quatro anos. Além disso, a situação econômica atual ajuda a compra: baixos juros e financiamentos mais flexíveis", acredita ele. O metro quadrado das unidades custará, inicialmente, de R$ 7 mil a R$ 8 mil . Apartamentos com cobertura privativa serão, pelo menos, R$ 700 mil mais caros do que as unidades sem o sétimo pavimento particular. A previsão é que os apartamentos sejam entregues aos moradores em dois anos e meio. Mas, para começar a construção dos prédios, é preciso que haja o mínimo de infraestrutura básica no local, como rede de água e esgoto, asfalto e calçadas. As obras são pagas pela Terracap e contratadas pela Secretaria de Obras. Segundo Dalmo Alexandre Costa, diretor de Desenvolvimento e Comercialização da Terracap, a licitação para contratação das obras será aberta em duas semanas. %u201CLevaremos seis meses para concluir essas obras básicas e parte do projeto paisagístico%u201D, informa ele. Otimista, o presidente da Via aposta que as obras de construção dos prédios poderão ser tocadas com as de infraestrutura do local. %u201CEm outubro de 2009, já podemos começar a construir os edifícios e espero entregá-los até o começo de 2012%u201D, diz Fernando Queiroz. O início da comercialização dos imóveis no Noroeste movimenta o mercado imobiliário do Distrito Federal, na opinião de Tarcísio Rodrigues Leite, vice-presidente da Associação das Empresas Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi). Ele vê a oferta desses imóveis como uma opção de moradia para as classes A e B. %u201CO mercado está disposto a pagar esse preço e acredito que esteja até um pouco abaixo do valor trabalhado em outros empreendimentos. Há projeções hoje que custam R$ 10 mil o metro quadrado%u201D, avalia ele. Bairro ecológico O Setor Noroeste está numa localização privilegiada na Asa Norte, rodeado de áreas verdes, como o Parque Burle Marx e a Água Mineral. Sua concepção faz parte do Projeto Brasília Revisitada, elaborado entre 1985 a 1987 pelo urbanista Lucio Costa %u2014 personagem importante na criação do projeto da capital. O diferencial do Noroeste começa no seu próprio conceito: ele é projetado para ser o primeiro bairro ecológico do Brasil. A tendência mundial é que os agentes envolvidos no setor da construção adotem diretrizes ecologicamente corretas na elaboração dos projetos, na realização das obras e no funcionamento do produto final. O consultor em arquitetura Rogério Markiewicz auxilia alguns empreendedoras do Setor Noroeste e diz que hoje em dia não é possível pensar em obras sem levar em consideração a questão da sustentabilidade. %u201CO pensamento deve estar atento desde a compra do material, como optar pela madeira certificada, por exemplo, ao funcionamento do prédio, que deve ser automatizado com elementos que reduzem o consumo e reaproveitam os recursos renováveis%u201D, explica. As normas de gabarito do Setor Noroeste foram feitas baseadas nesse novo conceito. E as edificações devem respeitá-lo. Os prédios da Via Engenharia (veja quadro), por exemplo, terão um reservatório de água da chuva que será usado para irrigar o Parque Burle Marx e alimentar os lençóis freáticos. O aquecimento da água será feito por energia solar. Os elevadores terão motores de alto desempenho, que reduzem o consumo de energia. A iluminação das áreas comuns (sala de entrada, pilotis) serão feitas com lâmpadas que economizam em até 80% o consumo normal. O investimento em tecnologia verde, de acordo com Rogério Markiewicz, é alto no início mas compensador na hora de pagar o condomínio mensal. %u201CÉ possível reduzir de 20% a 25% os custos normais de um prédio se forem instalados esses elementos de sustentabilidade%u201D, diz. Edifícios inteligentes Os três primeiros prédios residenciais do Setor Noroeste terão 198 apartamentos ao todo, com tamanhos que variam entre 120 e 200 metros quadrados. Cada unidade terá três vagas na garagem. As construções estão localizadas nas SQNW 110 e 111, próximas ao Parque Burle Marx. Os edifícios de seis andares têm cobertura coletiva e privativa, salão de festa, academia, piscina e churrasqueira. O preço do metro quadrado varia de R$ 7 mil a R$ 8 mil. As vendas dos imóveis na planta começam no próximo mês. Veja alguns dos elementos ecologicamente corretos que tornam a edificação inteligente:
  1. Sistema de aquecimento solar
  2. Gás natural
  3. Reaproveitamento e reciclagem das águas das chuvas
  4. Tratamento do lixo (seco/orgânico)
  5. Sistema de depósito de lixo
  6. Ciclovia

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