postado em 21/06/2009 08:22
Para ficar ainda mais perto das suas bancas e dos consumidores, os chineses também procuram as salas dos pequenos prédios comerciais do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde fica a Feira dos Importados. Os apertados imóveis que deveriam ser destinados a escritórios ou lojas viram moradia de criminosos e depósito de mercadorias pirateadas. Para as autoridades brasileiras, é uma marca clara da atuação da máfia chinesa. "Estão fazendo o que fizeram em Ciudad del Este (cidade paraguaia)", alerta o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
Na divisa com o Brasil e a Argentina, Ciudad del Este é responsável por metade do Produto Interno Bruto (PIB) paraguaio e terceira maior zona de comércio franca do mundo (após Miami e Hong Kong). De lá sai parte dos produtos piratas fabricados em paÃses asiáticos e vendidos no Brasil. Para a máfia chinesa igualar BrasÃlia a Ciudad del Este, o próximo passo será a abertura de negócios legais. "Assim fizeram no Paraguai e em São Paulo. SaÃram comprando tudo, lojas, postos de gasolina, para lavar o dinheiro do crime", conta Barreto.
Luiz Paulo Barreto fala sobre a pirataria no Distrito Federal