Guilherme Goulart
postado em 22/06/2009 22:12
No sábado a lei seca completou um ano de vigência e foi tema da décima edição do projeto Dois Pontos, realizado durante esta noite no Correio Braziliense. Assinantes do jornal e autoridades de trânsito debateram a eficácia da nova legislação em Brasília.
A repórter da editoria de Cidades Adriana Bernardes mediou o debate entre o diretor geral do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF), Cézar Caldas, e Fernando Cabral, da diretoria nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Os dois concordam quanto à vigência de uma lei que puna quem bebe e dirige um veículo. Mas divergem quanto aos índices de álcool no sangue que deveriam ser levados em conta na hora de multar ou prender o motorista.
O diretor do Detran reforçou a importância da legislação apresentando dados na redução do número de mortes e de acidentes fatais na comparação deste ano de vigência da lei, com o mesmo período do ano anterior à legislação. Já Cabral, da Abrasel, preferiu chamar a atenção para possíveis falhas na nova legislação. "A lei seca pecou em relação à razoabilidade ao mudar, de uma hora para outra, os índices de álcool no sangue passíveis de punição. Não somos simplesmente contra a lei seca, mas a favor da antiga lei, que mantinha o 0,6g/l e não a tolerância zero para punir o motorista", explicou.