postado em 26/06/2009 17:00
Numa operação conjunta com a Polícia Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou, nesta sexta-feira (26/6), quatro farmácias da rede Drogaria Trevo. Um dos estabelecimentos vendia medicamentos falsificados. O proprietário e o farmacêutico responsável foram presos na hora pelos policiais. Já outras do mesmo grupo funcionavam sem licença do órgão competente, no caso a agência.
A operação surgiu a partir de uma denúncia anônima. Ao chegar à quadra 112 Norte, onde está situada a primeira drogaria fiscalizada, os fiscais e agentes federais encontraram uma série de irregularidades. A mais grave, no entanto, estava exposta no balcão: duas caixas de viagra falsificados. Os comprimidos foram concebidos em um laboratório clandestino na China. O medicamente não tinha origem e nem nota fiscal.
Na busca realizada nas dependências da farmácia, a fiscalização encontrou ainda 50 comprimidos de Eroxil %u2013 medicamento genérico do viagra. "Cada comprimido era vendido por R$ 10", afirmou o chefe do Departamento de Inteligênca da Anvisa, Adilson Bezerra. "Nenhum medicamento desses tinha o registro da Anivsa", emendou.
Na ação conjunto iniciada por volta das 10h, ainda houve flagrante de outro tipo de contravenções. Até dentro de uma bolsa feminina havia remédios vendidos de forma irregular. Os agente encontraram 31 caixas de medicamentos controlados nela. A drogaria não possui autorização para comercializar esse tipo de medicamento. Por isso, a loja foi interditada.
Além da unidade da rede na 112 Norte, os agentes e fiscais vistoriaram outras duas: na 307 Sul e 102 Norte. Os estabelecimentos também foram interditados por falta de documentação, como alvará de funcionamento e licença da Anvisa. A operação acabou antes do previsto, pois quando o contingente formado por agentes e fiscais chegaram à farmácia do Edifício Brasília Rádio Center (Setor de Rádio e TV Norte), encontrou as portas do comércio fechadas. De qualquer forma, uma outra inspeção está marcada. "Administrativamente, as farmácias podem ter o alvará cassado e pagar multa que varia de R$ 1,5 mil a R$2 milhões", completou.
